segunda-feira, 30/junho
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Serviços crescem 0,9% em setembro, aponta IBGE

Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o setor de serviços avançou 0,9% em setembro na comparação com o mês anterior. O resultado é a quinta alta seguida, com ganho acumulado de 4,9% no período, aponta o G1.

Com isso, o setor não só ampliou a distância em relação ao nível pré-pandemia – visto que está 11,8% acima de fevereiro de 2020 -, como também atingiu o nível mais elevado da série histórica, iniciada em 2011. Os serviços são o setor que possui maior peso na economia brasileira, e também foi o mais atingido pela crise sanitária, sobretudo as atividades presenciais, como os serviços prestados às famílias.

No acumulado do ano, o setor cresceu 8,6% frente a igual período de 2021. Nos últimos 12 meses, o percentual passou de 9% em agosto para 8,9% em setembro, mantendo a trajetória descendente iniciada em abril deste ano (12,8%). Na comparação com setembro do ano passado, o crescimento foi de 9,7%, 19ª taxa positiva seguida.

Outros dados

A pesquisa mostrou ainda que a alta de agosto para setembro foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas. Dessa forma, os destaques foram para informação e comunicação (2%), serviços prestados às famílias (1%) e administrativos e complementares (0,2%).

Na contramão deste resultado, os transportes (-0,1%) e outros serviços (-0,3%) tiveram desempenho negativo em setembro. O primeiro interrompeu uma sequência de quatro taxas positivas e o segundo devolveu uma pequena parte do avanço de 7,7% verificado no mês anterior.

No recorte regional, 19 as 27 unidades federativas registraram expansão no volume de serviços na comparação com agosto. Os impactos mais importantes vieram do Rio de Janeiro (0,7%), Santa Catarina (2,6%), Rio Grande do Sul (1,0%) e São Paulo (0,1%). Em contrapartida, Paraná (-2,3%) exerceu a principal influência negativa, seguido por Pernambuco (-1,6%) e Minas Gerais (-0,2%).

Atividades turísticas têm terceira alta seguida

O índice de atividades turísticas acompanhou a alta do setor de serviços e avançou 0,4% em relação a agosto. O número é o terceiro resultado positivo seguido, acumulando ganho de 3,2%. Com isso, o segmento encontra-se 0,7% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 6,7% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Apenas cinco dos 12 locais pesquisados acompanharam o movimento de alta verificado na atividade turística nacional. O destaque positivo foi o Rio de Janeiro (2,6%), seguido por São Paulo (0,7%), Distrito Federal (3,4%) e Pernambuco (1,6%). Já o desempenho negativo ficou por conta de Minas Gerais (-1,5%) e Rio Grande do Sul (-3,2%).

Na comparação com setembro de 2021, houve alta de 22,5%, 18ª taxa positiva seguida, impulsionada pelo aumento na receita de empresas que atuam no transporte aéreo, locação de automóveis, restaurantes, hotéis, serviços de buffet e rodoviário coletivo de passageiros.

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 36,9%, frente a igual período do ano passado.

Expansão anual de todas as atividades

Frente ao mesmo período do ano passado, houve expansão nas cinco atividades e crescimento em 63,3% dos 166 tipos de serviços investigados pela pesquisa. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,3%) teve a principal contribuição positiva. Os demais avanços ocorreram nos serviços de informação e comunicação (6,0%); profissionais, administrativos e complementares (6,9%); prestados às famílias (17,8%) e outros serviços (2,6%).

No acumulado do ano, quatro das cinco atividades tiveram taxas positivas e crescimento de 65,7% dos 166 tipos de serviços pesquisados. Neste recorte, setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio também teve a principal contribuição positiva, de 14,1%. As demais altas vieram dos serviços prestados às famílias (30,3%); profissionais, administrativos e complementares (7,6%); e informação e comunicação (3,2%).

(*) Crédito da foto: Fancycrave1/Pixabay