A STR divulgou esta semana as estatísticas de desempenho finais dos hotéis das América do Sul e Central em 2020. Como esperado em função da pandemia, as métricas avaliadas apontam quedas históricas de ocupação e RevPar na hotelaria das duas regiões. No comunicado divulgado, a empresa norte-americana não informou dados específicos do mercado brasileiro, apenas da Colômbia e do Equador.

Nas duas regiões como um todo, a queda média na ocupação chegou a quase a 50% frente ao ano anterior (-48,7%), com o indicador fechando 2020 a 30%. O resultado derrubou o RevPar da hotelaria latino-americana, que cedeu 53,9% (para US$ 23,62) na mesma base de comparação. Embora tenha registrado um recuo expressivo de dois dígitos (-10,1%, para US$ 78,75), os preços médios praticados pelo setor indicam que guerra tarifária passou longe – pelo menos por enquanto!

STR: análise por país

Na Colômbia, mercado em expansão na América do Sul, ocupação e RevPar chegaram aos níveis mais baixos em toda série histórica da STR, com pico de baixa em abril no caso do primeiro indicador (6%). A recuperação ganhou fôlego a partir de agosto e, em dezembro, a hotelaria colombiana já ostentava patamares de 30,9%.

No geral, os hotéis do país de Gabriel Garcia Márquez encerraram o ano com ocupação média de 25,5% queda de 57,2% frente a 2019. Já o RevPar apresentou redução de 59,4%, para 65.171,63 pesos. Por fim, como no restante das duas regiões, a diária média cedeu em níveis muito menores, fechando o ano com recuo de “apenas” 5,1%, a 255.835,94 pesos.

No Equador, país de economia dolarizada, os resultados foram ainda piores, com o turismo do país sofrendo fortes consequências. Na hotelaria, os patamares de ocupação e RevPar foram os menores desde o início das medições da STR. Como o país teve dificuldades de conter a disseminação do vírus no início da pandemia, junho foi o pico de baixa no primeiro indicador (8,3%). Em dezembro, os níveis de quartos ocupados estavam em 30%.

Ao fim de 2020, as três métricas avaliadas caíram em dois dígitos, com ocupação e RevPar cedendo 56% (para 26,3%) e  63,9% (para US$ 20,09). Diferentemente da região como um todo e da Colômbia, os preços tiveram variação negativa mais intensa, recuando 17,9% (para US$ 76,29). Diante da pandemia, nada que indique uma possível guerra tarifária.

(*) Crédito da foto: Cris Bouroncle/AFP