STR - dados maio2020_AsiaPacifico_SingaporeEm maio, Cingapura detinha a mais alta taxa de ocupação do mundo

No Brasil, com a reabertura de hotéis a pleno vapor, a busca por benchmarks ajuda na preparação da retomada. Embora a região Ásia-Pacífico tenha características e culturas muito diferentes, é atualmente o único exemplo disponível, até porque a pandemia começou lá, deixando esse mercado algumas semanas à frente dos demais. Na China e em Singapura, por exemplo, os dados da STR relativos a maio já mostram uma recuperação bastante elogiável.

Outros países, contudo, ainda sofrem para controlar a pandemia, derrubando a perfomance geral da região. De qualquer forma, comparado com outros mercados ao redor do mundo, o cenário é quase de sonhos. Em maio, a hotelaria da Ásia-Pacífico registrou ocupação média de 35,8%, queda de 47,3% frente igual período de 2019. Na mesma base de comparação, diária média e RevPar recuaram 40,2% (para US$ 55,93) e 68,5% (para US$ 20,04), respectivamente.

Segundo a STR, os níveis absolutos nas três métricas avaliadas são os mais baixos para o mês em toda base de dados da empresa. No entanto, os indicadores da hotelaria da Ásia-Pacífico mostram reação frente a abril, o que gera otimismo para a retomada. Mais ainda, se comparados aos números dos EUA, Europa e Américas do Sul e Central, o desempenho indica outro estágio de recuperação.

STR: China e Singapura

Local onde tudo começou, a China dá sinais cada vez mais consistentes de retomada. Em maio, os três indicadores avaliados apresentaram crescimento frente a abril. No entanto, a diária média é a mais baixa já registrada para o mês desde o início das medições da STR. Os níveis de ocupação e de RevPar, por sua vez, foram os menores desde a epidemia do SARS, ocorrida em 2003.

Em maio, a hotelaria chinesa teve ocupação de 45,2%, queda de 33,7% em relação a igual período de 2019. Somada à retração de 24,5%  (para 342,78 yuans) na diária média, o RevPar dos hotéis locais cedeu 50% (para 155,03 yuans) na mesma base de comparação, informa. STR.

Case de sucesso no controle da pandemia até pouco tempo, Singapura viu o número de casos subir em abril, levando o governo local a adotar novamente medidas restritivas. Ainda assim, em maio, a hotelaria local registrou a melhor taxa de ocupação global (71,5%), embora o indicador tenha recuado 8,8% na comparação anual. Parte da explicação pode estar na queda abrupta dos preços: a diária média absoluta na cidade-estado foi a mais baixa da história, caindo 62,5% (para SG$ 95,44) frente a igual período de 2019. O desempenho da métrica anterior acabou derrubando o RevPar, que cedeu 65,2%, para SG$ 68,20.

(*) Crédito da capa: Pexels/Pixabay

(**) Crédito da foto: Mike Enerio/Unsplash