STR - Europa terceiro trimestre_CopenhagueOs conhecidos prédios coloridos de Copenhague: oferta local vem subindo

Os hotéis europeus registraram bons números no terceiro trimestre de 2019, exatamente como o mercado americano. No período, a hotelaria do Velho Continente teve crescimento nos três principais indicadores do setor. Ainda assim, alguns destinos não conseguiram acompanhar a performance do restante da região, casos de Lisboa e Copenhague.

No geral, o desempenho da hotelaria europeia foi positivo no terceiro trimestre. Na comparação com igual período de 2018, a ocupação avançou 0,6%, para 79,1%. Já a diária média subiu 1,1% (para € 121,36) na mesma base de análise, o que impulsionou o RevPar. Com isso, no terceiro trimestre, o indicador cresceu 1,7% (para € 95,95).

STR: Lisboa e Copenhague

Mesmo com Portugal na crista da onda, a capital lusitana parece dar indícios de um início de desaceleração do turismo local. A cidade registrou em 2018, por exemplo, o menor crescimento na chegada de turistas nos últimos anos, segundo a Oxford Economics. Em resultado, a diária média no trimestre passado recuou pela primeira vez desde 2014.

Com o inventário em expansão, a preocupação com a hotelaria cresce. O estudo AM:PM, da STR, aponta que as aberturas previstas em Lisboa até 2022 representam 15% da oferta atual. De volta aos dados, a cidade teve queda nos três principais indicadores do setor. Enquanto a ocupação cedeu 1,9% (para 84,3%), diária média e RevPar recuaram 1,1% (para € 128,45) e 3% (para € 108,28), respectivamente.

Já a capital dinamarquesa teve um desempenho um pouco superior, mas também irregular. E, como Lisboa, a oferta (inventário existente) vem crescendo – no terceiro trimestre a alta foi de 81,%. Até 2022, segundo o AM:PM, Copenhague ganhará mais 5.281 apartamentos, o que reforça a necessidade de elevação do fluxo de turistas para a cidade. 

No terceiro trimestre, o resultado só não foi pior porque, de fato, isso aconteceu. A demanda (room nights vendidos) subiu 6,7% frente igual período de 2018. Com isso, mesmo com a alta na oferta, a diária média beirou a estabilidade, mas cresceu 0,4% (para 1.097,62 coroas dinamarquesas). Por fim, ocupação e RevPar cederam 1,3% (para 87,7%) e 0,9% (para 963,03 coroas dinamarquesas), respectivamente.   

(*) Crédito da capa: Alex Paganelli/Unsplash

(**) Crédito da foto: Maksym Potapenko/Unsplash