Werter Vieira Uhdre - três perguntas paraEmpresa aposta em novas tecnologias para colchões na retomada

Diante do novo normal, a governança é um dos setores mais pressionados para adaptar-se aos novos protocolos de higiene e segurança. Além das medidas de limpeza recomendadas nas UHs e uso de EPIs (equipamentos de proteção individual), fornecedores de cama, mesa e banho também se viram obrigados a redesenhar seus processos e inovar na entrega de produtos. Werter Vieira Uhdre, profissional do setor, explica como a pandemia impactou a produção para meios de hospedagens.

É o caso da Americanflex, empresa fabricante de colchões que tem a hotelaria como representante de 11% de sua receita. Para a retomada, a marca aposta em produtos que suportam higienizações mais pesadas e o uso desinfetantes mais agressivos, além de reduzir o manuseio de colaboradores no momento da confecção.

“Mudamos os protocolos internos de produção, com controles mais apurados de assepsia, de acessos de pessoal e de circulação interna nos setores da indústria. Enquanto aguardávamos a retomada do setor hoteleiro e moteleiro, aplicamo-nos a assistência e ao atendimento a hospitais e órgãos de saúde”, conta o gerente comercial da empresa.

Formando em Publicidade e Propaganda, Uhdre tem passagens por empresas como Artex Cama, Mesa e Banho; Ronconi Móveis e Colchões e hoje atua como gestor corporativo de hotéis, motéis e hospitais para o Brasil, Paraguai e Uruguai da Americanflex.

Três perguntas para: Werter Vieira Uhdre

Hotelier News: Com o novo normal gerado pela pandemia, o que mudou nos produtos da Americanflex? Como a empresa está atendendo às novas demandas?

Werter Uhdre: Mudamos os protocolos internos de produção, com controles mais apurados de assepsia, de acessos de pessoal e de circulação interna nos setores da indústria. Enquanto aguardávamos a retomada do setor hoteleiro e moteleiro, aplicamo-nos a assistência e ao atendimento a hospitais e órgãos de saúde. Neste ínterim, criamos produtos hoteleiros que suportam limpeza mais acurada, como a tela Mesh, tecido que revestimos em nossas bases para suportar a limpeza e o uso de produtos mais abrasivos. Criamos novas estruturas de molejo, novas tecnologias, como o molejo Tri-Power, desenvolvido e aprimorado internamente para ter maior suporte e resistencia, voltado para uso mais prolongado nos quartos com suporte a pesos variados e custos menores. No segmento hospitalar, criamos e desenvolvemos colchões totalmente vulcanizados sem costuras ou emendas, mais assépticos, higiênicos e sem o acúmulo de escaras durante seu uso.

HN: Higienização é um dos principais pontos da retomada. Como os produtos da empresa buscam facilitar os novos processos?

WU:  Passamos realizar a higienização em nossos produtos antes e depois de serem embalados com menos contato de pessoas no manuseio. Implementamos novos processos na separação de cargas, treinamento e mais treinamento do nosso pessoal, boas práticas de comportamentos assépticos, internamente e diante dos clientes e parceiros.

HN: E a relação com clientes? Como ficou durante o período de paralisação e agora na retomada?

WU: Além do setor de hospitalidade ter sido o primeiro impactado e os últimos a reabrir, sentimos também a “dança das cadeiras”. Lembra da brincadeira onde tínhamos quatro cadeiras e cinco participantes e tudo vai diminuindo? Pois é, este rodízio foi e tem sido bastante intenso neste mercado. Gerou-se perda de referenciais, contatos, elos perdidos e acordos comerciais desfeitos. A retomada envolveu muitos aspectos como redescobrir e rastrear novos contatos, novos rostos e reaprender novas maneiras de abordagens e posicionamentos éticos. Mas temos aprendido a ficarmos contentes em qualquer situação e sermos gratos por tudo o que nos é ofertado diariamente.

(*) Crédito da foto: Arquivo pessoal