melia Hotels International - Alan DugganDuggan revelou que rede pode expandir na Jamaica em breve

Com 63 hotéis em desenvolvimento pelo mundo, a Meliá Hotels International vem investindo forte em sua expansão global. México e República Dominicana são bons exemplos desse movimento, que aparentemente parece excluir o Brasil. A rede espanhola, contudo, enxerga o país como estratégico, principalmente por ser um importante mercado emissor para as unidades do Caribe. Agora, quando o Brasil voltará a ser foco no pipeline da empresa?

Alan Duggan, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios para as Américas, destaca que a rede está sempre olhando oportunidades no Brasil. Segundo ele, marcas como Me e Innside tem grande potencial, mas ainda não há nem sinal de negociação por aqui. “Um reforço na expansão pelo país provavelmente se dará por meio de contratos de administração”, relevou o executivo ao Hotelier News.  

Aportes como o feito em Punta Cana, onde a empresa investiu capital próprio em algumas unidades, parecem bem distantes. Ainda assim, a empresa não descarta nenhuma possibilidade. “Somos uma empresa investidora, dona de 12% dos ativos dentro do nosso portfólio. Então, não estamos fechados a nenhum modelo. Ainda assim, contratos de gestão são negociações muito mais fáceis, e isso vale para qualquer mercado”, argumenta. “Acho que um Me em São Paulo, por exemplo, cairia muito bem. Nossa marca lifestyle tem tudo a ver com a cidade e o público dos hotéis”, completa.

Enquanto o Brasil fica em compasso de espera, outros destinos vão recebendo investimentos da empresa. Conforme mostrado na coletiva de hoje, Punta Cana é um exemplo perfeito, mas o Caribe deve ter mais novidades em breve. “Estamos em vias de assinar um contrato de gestão na Jamaica para a marca Paradisus”, informa Duggan, destacando que a rede já tem um hotel no país. “O destino seria novamente Montego Bay”, acrescenta.

Meliá Hotels International: venda direta

Hoje, a rede espanhola vem investindo pesado também em seu website para incrementar as vendas diretas. No Brasil, por exemplo, 30% dos room nights comercializados são feitos nos diferentes canais oficiais da companhia.

“Acho que contribuiu para isso o fato da empresa ter passado a parcelar os pagamentos no Brasil. Há essa cultura por aqui e, como o consumidor já conseguia fazer isso em outros canais, como as OTAs, por que não permitir que ele fizesse o mesmo conosco?”

Ajuda também na boa fatia de vendas diretas as reservas feitas pelos 10 milhões usuários do Meliá Rewards, programa de fidelidade da companhia. “No Brasil são aproximadamente 300 mil”, finaliza Duggan.

(*) Crédito da foto: Vinicius Medeiros/Hotelier News