Segundo dados divulgados hoje (26) pela Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas), o setor faturou R$ 1,1 bilhão em julho, leve alta em relação a julho de 2023 (R$ 1 bilhão). A cifra também superou a observada em 2019 (R$ 969 milhões). No semestre, o acumulado foi de R$ 6,8 bilhões.

Com isso, a receita total das viagens corporativas em 2024 deve chegar a aproximadamente R$ 15 bilhões, 10% superior ao ano passado (R$ 13,5 bilhões), e 18,5% acima do registrado em 2019, período pré-pandemia. Em faturamento, hotéis e transporte rodoviário tiveram as maiores performances em julho.

Os empreendimentos hoteleiros tiveram receita de R$ 341 milhões, frente aos R$ 304 milhões em 2023, e R$ 249 milhões em 2019. Já o transporte rodoviário, no mesmo período, faturou R$ 5 milhões, enquanto em 2023 chegou a R$ 3 milhões, e R$ 963 mil em 2019.

Este é um dos destaques do levantamento da Abracorp, que mensalmente avalia o desempenho dos 11 segmentos das viagens corporativas. “A grande notícia é que neste mês nos aproximamos dos números de transações que tínhamos em 2019”, afirma Humberto Machado, diretor executivo da entidade.

Outros dados

Segundo o relatório da Abracorp, o número total de transações das viagens corporativas em julho chegou a 1,7 milhão, superando o 1,6 milhão de 2023 e se alinhando com a performance de 2019. Em números de transações, dos oito setores, o setor rodoviário também ficou entre os destaques, quando registrou 31 mil, salto considerável em relação a 2019, com 22 mil.

Serviços aéreos, por sua vez, por sua vez, ficaram abaixo de julho de 2023 e 2019. O recuo pode ser explicado por fatores como o preço das passagens aéreas, que obriga as empresas a redesenharem seu planejamento para viagens corporativas, optando pelo rodoviário em muitos casos.

Já na hotelaria, a performance, em número de transações, foi um pouco diferente, com 345 mil em julho deste ano, ficando abaixo de 2019 (362 mil) e um pouco acima de 2023 (330 mil).

No primeiro semestre, o serviço rodoviário foi o grande destaque, faturando R$ 27 milhões, resultado que representa forte alta, principalmente em relação a 2019 quando somou apenas R$ 4 milhões. “Sem dúvida, este foi um setor que se modificou, e assumiu um espaço importante nas viagens corporativas. Foi ocupando o espaço deixado pelas aéreas”, complementa Machado.

Entre os segmentos que se destacaram em julho, em número de transações, também estão locação de veículos, pacotes de viagens e transfer.

(*) Crédito da foto: Pixabay