Em abril, o faturamento das viagens corporativas foi de R$ 11 bilhões, segundo dados da Alagev (Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas) em parceria com a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). O valor, aponta o relatório, ficou 4,8% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

A cifra acumulada ao longo do primeiro quadrimestre do ano também teve incremento de 4,8% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando R$ 40,1 bilhões para o setor de viagens corporativas. O montante faturado em abril é o segundo maior ganho histórico do mês, ficando atrás apenas do lucro atingido em 2014.

O relatório aponta que há a perspectiva de que, ao longo dos próximos anos, esse recorte possa ser superado. Isso porque os lucros dos meses de abril vêm passando por crescimento constante desde a pandemia, quando os ganhos do setor tiveram valores significativamente inferiores em função das medidas de isolamento social que foram estabelecidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Outros dados

Um ponto importante observado pela Alagev é que o saldo positivo das viagens corporativas em abril está relacionado à crescente procura do público corporativo brasileiro por passagens aéreas e hospedagens. A informação foi confirmada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelo FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), que registraram crescimento na demanda desses serviços desde o fim da pandemia.

Outro fator que contribuiu de forma significativa com a receita das viagens corporativas foi a inflação das tarifas de passagens aéreas. Segundo o estudo, a alta do dólar em relação ao real brasileiro tem sido a principal responsável pelo aumento dos preços deste serviço, uma vez que a moeda americana é responsável por influenciar cerca de 60% dos custos das companhias aéreas.

Luana Nogueira, diretora executiva da Alagev, considera que o setor de viagens corporativas permanece forte. “O faturamento do mês de abril de 2024 reflete a força crescente do nosso mercado. Para os próximos meses, enxergamos um cenário ainda mais favorável, uma vez que os espaços de eventos dos principais centros do país seguem com agendas cheias. Isso deverá impulsionar ainda mais a procura por serviços de transporte e hospedagem”, analisa a executiva.

(*) Crédito da foto: Unsplash