De acordo com relatório divulgado hoje (6) pela Alagev (Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas) em parceria com a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), as viagens corporativas atingiram, em agosto, receita de R$ 12,1 bilhões, valor 8,2% superior ao mesmo período do ano passado e o mais alto para o mês da série histórica iniciada em 2011, superando também a cifra registrada no mês anterior.

O valor acumulado ao longo dos oito primeiros meses de 2024 também registrou avanço, de 4,9% na mesma base comparativa, totalizando faturamento de R$ 82,6 milhões para o segmento. Segundo o relatório, o lucro reflete o crescimento contínuo do mercado. O aumento nas tarifas de hospedagem e transportes, atrelado à crescente demanda por esses serviços, colaboram significativamente para o saldo final positivo das viagens corporativas.

O FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) destaca que, entre agosto de 2023 e janeiro de 2024, a média geral dos preços de reservas nos hotéis brasileiros cresceu cerca de 13,4%. Já em relação aos transportes aéreos teve avanço de 5% nas tarifas, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

“Agosto é um bom período para o mercado, pois não tem feriados prolongados. É também o momento em que há a retomada das atividades empresariais de forma mais intensa, após o término das férias de julho, dando o start no segundo semestre do ano”, observa Luana Nogueira, diretora-executiva da Alagev.

Crescimento

O desenvolvimento da economia brasileira foi um importante fator que contribuiu para o crescimento das viagens corporativas em agosto. Segundo o Banco Central, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil avançou em 3,1% neste período, o que fomentou a contratação de serviços de viagens.

“De maneira geral, é um momento recorde para o setor e deve ser celebrado. O valor histórico atingido em agosto sustenta a ideia da relevância das viagens corporativas para a dinâmica econômica do país”, observa Luana.

“Para os próximos meses, o mercado apresenta boas perspectivas. Conforme especulado na 16ª edição da GBTA (Global Business Travel Association) por Suzanne Neufang, CEO da associação, estamos caminhando para fechar 2024 com um faturamento anual equivalente a R$ 165 bilhões, garantindo, assim, uma posição de destaque no ranking mundial”, complementa a diretora.

(*) Crédito da foto: Pixabay