De acordo com o relatório mais recente da Advantage Travel Partnership, em parceria com a Travelogix, o setor de viagens corporativas deve recuperar, até o final de 2022, 75% do nível pré-pandemia. Os números do levantamento, intitulado Business Travel Review 3.0, apontam ainda que as reservas tendem a encerrar o ano com crescimento de 83% em relação a 2021, embora ainda 25% abaixo do observado em 2019, revela o Hospitality Net.

A pesquisa também mostra que o valor médio da transação aumentou 12,4% este ano em comparação com o último ano pré-pandêmico, pulando de € 333,32 para € 296,50 no período. Além disso, os dados mostram recuperação em relação a 2020 (€ 106,12) e 2021 (€ 145,11), quando a pandemia manteve a maioria dos viajantes de negócios em casa.

Guy Snelgar, diretor global de Viagens de Negócios da Advantage Travel Partnership, disse que os últimos seis meses foram uma “história de recuperação e crescimento”, apesar de muitas partes da indústria ainda enfrentarem interrupções e restrições de capacidade.

No Brasil, o clima também é de otimismo. Em levantamento divulgado recentemente, a Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas), o setor teve faturamento de R$ 3,3 bilhões no terceiro trimestre, cifra 11,6% superior a igual período de 2019. Já no acumulado de janeiro a setembro, a receita também se aproximou do nível pré-pandêmico, batendo em R$ 8,1 bilhões, frente aos R$ 8,5 bilhões de três anos antes.

Outros dados

A Advantage destaca que os padrões de reserva estavam “bastante estáveis” desde o início do verão no Hemisfério Norte, após observar certa volatilidade durante a primavera. Além disso, existe uma tendência de que os viajantes de negócios façam viagens mais longas, com duração média subindo para 6,7 dias, em comparação com 4,6 dias deste ano, refletindo o desejo das empresas de tornar as viagens “mais propositais” no pós-Covid.

“Embora o verão não tenha demonstrado sinais claros de sazonalidade padrão, houve vislumbres de uma indústria em recuperação que não podemos ignorar, mesmo considerando problemas econômicos, agitação geopolítica e, claro, as restrições de capacidade que estamos vendo na aviação”, diz Chris Lewis, CEO e fundador da Travelogix. “Como setor, estamos a cerca de 25% de atingir os volumes de transações que vimos em 2019, o que mostra o quão longe chegamos”, finaliza.

O estudo pode ser consultado na íntegra por meio do link.

(*) Crédito da foto: Briana Tozour/Unsplash