De acordo com levantamento divulgado recentemente pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) em parceria com a Alagev (Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas), as despesas estimadas pelas empresas do segmento corporativo alcançaram R$ 9,1 bilhões em abril, crescimento de 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse é o resultado mais expressivo para o mês desde 2015.

No acumulado do quadrimestre, a indústria destaca aumento de 23,7% em relação aos primeiros quatro meses do no passado, o que representa incremento de R$ 6,4 bilhões, totalizando R$ 33,6 bilhões. O estudo mostra que o crescimento de abril ficou abaixo dos 16,9% de março e dos 52,7% de fevereiro. Os resultados são consequência da base comparativa, que está cada vez mais elevada. A partir de agora, os meses serão analisados como períodos “normais”, sem interferência da pandemia.

As variações não significam que o setor de viagens corporativas está esfriando. Pelo contrário. “Os resultados de abril e a soma do quadrimestre continuam representando crescimento positivo. Nos relatórios anteriores, sobre janeiro, fevereiro e março, já tínhamos mostrado o melhor desempenho dos meses desde 2015. E os comparativos com 2022 agora serão ainda mais representativos, pois vamos avaliar com um período sem a crise da pandemia da Covid-19. A perspectiva é de manter esse aumento, mesmo com porcentagens menores”, comenta Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev.

Outros dados

Outra observação demonstrada pela pesquisa das entidades é que os preços de alguns serviços, como o transporte aéreo, estão menos pressionados do que há um ano, com valores até mais baixos. Esse contexto também colabora para que as variações no levantamento de viagens corporativas sejam mais amenas. Há uma compensação, mas no final o saldo se mantém positivo por conta da recuperação da economia. Por mais que se tenha algum tipo de redução de preços, a demanda, por outro lado, tem aumentado fortemente.

Os dados favoráveis de março e abril, com faturamento superior a R$ 9 bilhões, mostram que após o Carnaval, o setor ganhou ainda mais tração. Em praças importantes, como São Paulo, grandes feiras e eventos movimentaram a região. O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, que cresceu 1,9% no primeiro trimestre, é um grande indicativo da evolução atual da economia, sobretudo nos setores do agronegócio e de serviços.

E as viagens corporativas estão diretamente ligadas a esse desempenho, pois representam as empresas crescendo e, por consequência, expandindo suas compras de passagens aéreas, ônibus, hospedagem, entre outros, para atender clientes, realizar negócios e participar de feiras e eventos, por exemplo.

Segundo a pesquisa, o dado de abril traz a solidez do mercado de viagens corporativas no Brasil, que deve seguir se expandindo. Com o início cada vez mais próximo da redução dos juros, existe uma expectativa ainda mais favorável para o segmento, considerando o segundo semestre e o próximo ano. A pesquisa pode ser consultada na íntegra clicando no link.

(*) Crédito da foto: Skitterphoto/Pixaabay