Ouvida pela reportagem do Birmingham Mail, Suzanne Evans, mãe de uma família que teve três de seus membros mortos durante um ataque terrorista em um hotel da Tunísia, onde passavam as férias em 2015, critica severamente a reabertura do empreendimento sob nova denominação.

Para a inglesa que reside em Wednesbury, na Inglaterra, a decisão pela reabertura do empreendimento "é dolorosa".

O empreendimento que se chamava, à época do atentado, Imperial Marhaba Hotel, recebeu aporte de 1,9 milhões de euros para renovação que incluiu a modernização do seu sistema de segurança, não deixando nenhum traço da tragédia ocorrida há dois anos atrás e que deixou 38 vítimas fatais.

Morreram no ataque, Joel Richards, seu filho (19); Patrick Evans, seu marido (78); e Adrian Evans, seu cunhado (44). O filho mais novo do casal, Owen, que tinha 16 anos na época, sobreviveu ao massacre e foi condecorado com a medalha Pride of Birmingham Award, em reconhecimento a sua coragem e compaixão com os feridos.

"Pessoalmente, acho dolorosa a decisão de investir milhões na renovação do hotel, inclusive com parte dessa fortuna direcionada à segurança adequada, que deveria existir desde o primeiro momento de sua operação. Por que não investiram na segurança antes? Eu até sabia que algum dia o hotel reabriria, mas me sinto mal porque eles nunca se desculparam com as vítimas", declarou Suzanne. "Estou feliz pelo fato de que, com a segurança renovada, provavelmente o episódio jamais se repetirá, mas eu jamais retornarei à Tunísia novamente", completa.

O inquérito que investiga a morte dos 30 turistas ingleses mortos na ocasião foi aberto em fevereiro deste ano, na Royal Court of Justice, em Londres, e Suzanne juntamente com seu filho Owen, estão colaborando com depoimentos.

* Crédito da foto: Pixabay/ziedkammoun