Localizado em Ilhéus (BA), o Cana Brava All Inclusive Resort vem promovendo uma série de investimentos em diferentes frentes. Além de elevar sua oferta de entretenimento e A&B (Alimentos & Bebidas), o empreendimento também atingiu uma importante conquista em iniciativas ESG. Durante a WTM-LA, Rafael Espírito Santo, diretor da propriedade, ainda avalia a performance do primeiro trimestre de 2025.
Com investimento na casa dos R$ 5 milhões, o Sports Bar tem previsão de abertura em setembro deste ano. A novidade, fará parte do sistema all-inclusive do resort, funcionará entre 14h e 5h. O espaço contará com karaokê, salão de jogos e um menu de bebidas variadas, pizzas e petiscos.
“Trata-se de um projeto que está em um estágio bem avançado. O Sports Bar chega para ser uma oferta de entretenimento para adultos, crianças e adolescentes. Estamos em vias de fechar uma parceria com uma marca renomada do mercado”, adianta o diretor.
Já a Arena Cana Brava, inaugurada no final de 2024, complementa a área de lazer com um campo de futebol society e quadras de areia multifuncionais para a prática de esportes como beach tênis, vôlei e futvôlei. O empreendimento ainda recebeu uma nova piscina de frente para o mar. Segundo o executivo, todas as novidades do resort somam mais de R$ 10 milhões em investimentos.
“Realizamos estudos de tendências de acordo com o desejo dos nossos clientes. Não desenvolvemos o que o resort quer, mas sim o que o hóspede almeja para ter uma experiência ainda melhor”, pontua Espírito Santo.
O diretor explica que essa escuta ativa dos hóspedes ajuda na fidelização de clientes. O resort conta com um clube de férias com mais de 6 mil sócios e recebe famílias que frequentam o Cana Brava há gerações.
Sobre os impactos dos investimentos no tarifário, o executivo afirma que o resort está em constante transformação, sempre visando se manter competitivo perante a concorrência. “Não temos o mesmo produto de 10 anos atrás. O que aconteceu foi um reposicionamento ao longo dos anos. Nosso objetivo não é subir a tarifa, mas manter o resort sustentável”.
Primeiro trimestre
Durante a WTM-LA, Espírito Santo fez sua análise sobre o primeiro trimestre deste ano. Sem revelar números, o diretor ressalta que o crescimento em 2025 foi mais desacelerado em relação a 2024 e 2023. Segundo o executivo, a diária média foi o driver de avanços no período.
“Nossa janela de antecipação de compras também caiu de 90 para 50 dias — o que nos deixa com um olhar mais atento. Acredito que as incertezas econômicas contribuíram para esse comportamento e muitos clientes esperam por promoções, como Black Friday e Semana do Consumidor, para fazer reservas”, avalia.
Para a baixa temporada, o resort aposta em diferentes segmentos de mercado, como aposentados, grupos, casamentos e programações específicas.
Mão de obra e ESG
Com 620 colaboradores, o Cana Brava já atua com a escala 12×36 em alguns departamentos. Espírito Santo acredita que as mudanças na jornada de trabalho serão inevitáveis e ressalta que o resort está sempre em busca de oferecer mais qualidade de vida aos funcionários.
“Assim como aconteceu com a pandemia, nós teremos que nos adaptar. A mudança de escala será um caminho sem volta. Então, teremos que entender como equacionar essa conta”, afirma.
O resort ainda atingiu uma importante meta ESG. Agora, o Cana Brava opera 100% com energia eólica e fotovoltaica a partir de um fornecedor do Mercado Livre de Energia — o que gerou uma economia de 35% nos custos.
“Começamos a trabalhar ao lado da Resorts Brasil com pautas ESG. Além da energia renovável, temos metas para zerar o uso de plásticos na operação e captação de águas das chuvas. Hoje, grande parte das nossas lideranças são mulheres, contamos com 40% de nosso quadro composto por pessoas negras e temos indígenas trabalhando em nosso resort”, finaliza.
(*) Crédito da foto: Nayara Matteis/Hotelier News