O WTTC (World Travel and Tourism Council) divulgou diretrizes globais relacionadas à identidade e segurança do viajante. Entre as recomendações, o relatório visa auxiliar o uso de soluções biométricas para cobrir toda jornada do consumidor, da reserva à conclusão da viagem. Na visão do WTTC, a medida pode não só acelerar a recuperação da demanda no pós-pandemia, como preparar a indústria para crises futuras. As informações são da Phocuswire.

As diretrizes constam do relatório Global Guidelines for Safe & Seamless Traveller Journey, divulgado esta semana. O documento foi produzido em parceria com a Oliver Wyman Consulting Group, com participação e insights de várias empresas privadas do setor, além de associações. Na lista estão Iata (Internacional de Transportes Aéreos), companhias aéreas, Amadeus e redes hoteleiras. Para fazer download do material produzido pelo WTTC, acesse https://bit.ly/3nbkBkb.

Para implementar o plano, o relatório propõe a criação de uma identidade digital para cada viajante. No documento, constariam informações biográficos, dados biométricos, referências a programas de fidelidade, números de cartão de crédito, histórico de viagens e prova de imunidade ou vacina, entre outras. A avaliação é que, com o uso dessa tecnologia, a necessidade de várias verificações manuais durante a jornada do consumidor seriam eliminadas. Outra vantagem seria a redução do risco de fraude. No Brasil, hotéis já usam biometria facial.

WTTC: digitalização demanda integração

De acordo com o documento, viajantes poderiam usar sua identidade digital durante toda a viagem. Além disso, o acesso aos dados seria totalmente controlado pelo viajante. Na avaliação de Gloria Guevara, presidente e CEO do WTTC, a iniciativa possibilita mobilidade e aumenta a segurança e proteção do viajante, sempre colocando-o no centro de tudo.

“O novo relatório do WTTC chega em um momento em que viagens e turismo estão lutando para se manter à tona. Acreditamos que a jornada do viajante segura e perfeita não só será fundamental para ajudar na rápida recuperação do setor, mas também para moldar o novo padrão de viagens e turismo nos próximos anos”, afirma a executiva.

O relatório acrescenta que a adoção desse novo padrão global de identificação necessita a colaboração entre diferentes players do setor e da esfera governamental. Só com sintonia entre companhias aéreas, hotéis, cruzeiros e governos seria possível facilitar essa experiência de viagem consistente e segura. “Não há dúvida de que é necessária uma coordenação internacional. Por isso, nossas diretrizes visam trazer clareza a um processo de recuperação que foi desarticulado e confuso. Esperamos que isso, junto com nossas muitas outras diretrizes para viagens seguras, ajude a aumentar a confiança do consumidor”, finaliza Gloria.

(*) Crédito da foto: geralt/Pixabay