A Booking Holdings anunciou recentemente que planeja mudanças organizacionais em sua unidade Booking.com, incluindo cortes no quadro de funcionários, além de modernização de processos e sistemas, aponta o Phocuswire. Em comunicado regulatório, a empresa afirmou que busca otimizar suas aquisições e gerar economia com imóveis.

“Acreditamos que esses esforços irão melhorar a eficiência das despesas operacionais, aumentar a agilidade organizacional, liberar recursos para reinvestimento no aprimoramento da nossa oferta tanto para viajantes quanto para parceiros, e posicionar a companhia de forma mais competitiva a longo prazo. Vamos consultar os conselhos de trabalhadores, representantes de empregados e outras organizações relevantes e esperamos obter mais clareza sobre essas mudanças organizacionais, incluindo prazo, impacto esperado nos funcionários, repercussão financeira e outros aspectos relevantes no devido momento”, informou a empresa.

“A Booking.com está revisando sua estrutura organizacional para aumentar a eficiência e acelerar a inovação, o que – sujeito aos processos de consulta, quando aplicáveis – poderá levar à redução de cargos em algumas áreas do negócio. Esse é um passo difícil, mas necessário, para garantir que a Booking.com se mantenha ágil em um setor altamente competitivo e continue promovendo inovações centradas no cliente em ritmo acelerado”, complementou a companhia.

A Booking Holdings ainda não informou quantos empregos podem ser enxugados na OTA, nem em quais níveis ou departamentos, embora tenha mencionado que os cortes ocorrerão em várias jurisdições.

Entenda mais

Jake Fuller, diretor-gerente e analista de Serviços Digitais da BTIG, comentou que o anúncio sobre a busca por eficiência “para liberar recursos a serem investidos no crescimento” está alinhado com as recentes declarações da gestão da Booking Holdings.

Ele acrescentou que a BTIG não conseguiu calcular o número exato de cortes, mas sugeriu um cenário no qual uma redução de 4% a 8% no quadro de funcionários poderia liberar entre US$ 200 milhões a US$ 400 milhões, que tem a possibilidade de reinventimentos em busca paga para comprar até 24 milhões de noites de hospedagem.

A notícia dos cortes vem após a empresa anunciar uma receita total de US$ 8 bilhões no terceiro trimestre, representando aumento de 9% em relação ao ano anterior, e um Ebitda Ajustado de US$ 3,7 bilhões, 12% a mais do que no terceiro trimestre de 2023. As noites de hospedagem aumentaram 8% no mesmo período, o que, segundo a companhia, superou as expectativas.

Durante a apresentação dos resultados, Ewout Steenbergen, diretor financeiro da Booking Holdings, declarou que a empresa continua focada em gerenciar cuidadosamente o crescimento das despesas fixas. “Acreditamos que é importante aumentar a alavancagem operacional nas despesas fixas, o que cria capacidade para investimentos disciplinados em nossas iniciativas estratégicas, que consideramos essenciais para impulsionar um crescimento mais forte na receita e nos lucros no futuro”, disse.

Atualmente, a Booking Holdings conta com mais de 24 mil funcionários em todas as suas marcas, incluindo Booking.com, Agoda, Kayak e Priceline. Em comparação, o Expedia Group anunciou, no início deste ano, que planejava reduzir sua força de trabalho em 1,5 mil pessoas, ou 9% do total, além de cortes adicionais realizados em múltiplos departamentos em julho de 2023.

(*) Crédito da capa: Divulgação/Booking.com