Mesmo com baixa apontada em agosto, o setor de serviços no Brasil mostrou expansão em outubro, segundo a PMI (pesquisa Índice de Gerentes de Compras), da S&P Global.  Os dados, divulgados ontem (5), mostram a maior alta na entrada de novos pedidos desde meados de 2022.

Ainda segundo o PMI de serviços do Brasil, o avanço no país chegou a 56,2 em outubro ante 55,8 em setembro, atingindo o nível mais elevado desde julho. A marca de 50 separa crescimento de contração.

Demanda supera preços altos

A PMI também mostra que houve pressões em cima de custos no setor, mas com impacto arrefecido pelo apetite dos clientes brasileiros. Os fornecedores de serviços também ampliaram a produção em outubro, com o ritmo mais forte visto em vendas para os últimos dois anos e meio.

De forma específica, o levantamento cita setores de Transporte, Informação e Comunicação com os melhores desempenhos do mês. Apesar do cenário favorável, as contratações nas empresas de serviços foram pausadas, encerrando a sequência de um ano de crescimento de empregos no setor.

Influência econômica

Inflação, câmbio depreciado e secas levaram a um forte aumento nos gastos das empresas. A pressão em preços de produtos, portanto, recaiu em categorias como:

  • Químicos;
  • Componentes eletrônicos;
  • Alimentos;
  • Combustíveis;
  • Metais;
  • Papel;
  • Plástico.

A PMI aponta que as empresas continuaram a repassar os custos aos clientes para compensar este ponto negativo. No entanto, a taxa de inflação dos preços cobrados não mudou em relação a setembro.

O ritmo de expansão em outubro também atingiu a indústria, com o PMI Composto do Brasil mostrando aceleração do ritmo do setor privado. A subida foi de 55,9, enquanto em setembro ficou em 55,2.

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