domingo, 28/setembro
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Celso Sabino entrega carta de demissão do MTur

Às vésperas do Dia Mundial do Turismo, comemorado em 27 de setembro, Celso Sabino oficializou hoje (26) sua saída do MTur (Ministério do Turismo). O líder da pasta entregou sua carta de demissão ao presidente Lula após o União Brasil determinar o desligamento de seus filiados de todos os cargos no governo, segundo informado pelo G1.

Segundo o ministro, a permanência no cargo se estenderá até a próxima quinta-feira (2), a pedido do presidente Lula. Nesse período, ele acompanhará o chefe do Executivo em evento de entrega de obras concluídas para a COP30, em Belém.

“Tive uma conversa hoje com o presidente da República, em virtude da decisão do partido ao qual eu sou filiado tomou, de deixar o governo, e vim hoje aqui cumprir o meu papel, entreguei ao presidente a minha carta e o meu pedido de saída do Ministério do Turismo, cumprindo a decisão do meu partido”, afirmou Sabino.

Apesar da decisão, o ministro deixou claro o desejo de manter o diálogo com o Planalto. “A minha vontade clara é continuar o trabalho que a gente vem fazendo, a gente tem um trabalho de diálogo mantido, e hoje o presidente acenou com essa possibilidade de ampliar esse diálogo junto com o partido União Brasil para gente ver quais serão as cenas dos próximos capítulos”, prosseguiu.

Sabino destacou que a saída foi oficializada hoje, mas que seguirá no posto até a semana que vem. “Hoje entreguei a minha carta de demissão ao presidente, recebi esse pedido e, assim como o presidente foi muito cortês, confiou em mim, acreditou em mim uma responsabilidade muito grande e eu estou trabalhando para honrar, eu não poderia negar esse pedido”, disse.

Ultimato do União Brasil

Na semana passada, o ministro já havia tratado do assunto com Lula, logo após o ultimato do União Brasil. Os dois haviam acordado uma nova conversa após a viagem do presidente a Nova York, onde participou da Assembleia Geral da ONU.

Sabino deve agora retomar seu mandato na Câmara dos Deputados. Nos últimos dias, tentou costurar uma solução para permanecer no cargo até a COP30, em novembro, mas conseguiu apenas adiar a saída por alguns dias.

A decisão de deixar o governo foi tomada pelo União Brasil em 18 de setembro. Na data, o partido aprovou uma resolução determinando que todos os filiados ocupando cargos na administração federal deixassem suas funções em até 24 horas.

O documento, validado pela cúpula nacional, prevê punições disciplinares a quem não acatar a ordem — entre elas, a expulsão da sigla.

Agora, começa a corrida pela nomeação de um novo líder. Nos batidores, um nome vem ganhando força: Ana Carla Machado, secretária-executiva do MTur.

(*) Crédito da foto: Roberto Castro/MTur

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