Em meio à revolução digital que transforma o setor de viagens e hotelaria no mundo, a Booking Holdings escolhe estar pronta para todos os cenários possíveis. Mesmo com o avanço dos grandes chatbots de IA (inteligência artificial), Ewout Steenbergen, CFO da empresa, acredita que essas tecnologias, por mais promissoras que sejam, dificilmente se consolidarão como OTAs completas. As informações são do Skift.
Durante a conferência Technology, Media and Telecom, realizada na última semana pela Morgan Stanley, em São Francisco, California, o executivo compartilhou suas opiniões sobre a tecnologia. Apesar das inovações trazidas pelos assistentes virtuais, as quais a própria Booking aproveita em sua operação, o modelo de negócio das OTAs, em sua visão, continua apresentando desafios que os chatbots ainda não conseguem superar.
“Mesmo o Google nunca entrou nesse segmento [de OTAs]. É possível dizer que eles tiveram uma boa oportunidade se quisessem, mas jamais anunciaram ou demonstraram um interesse confirmado nesta cadeia de valor'”, comenta o CFO.
De acordo com o executivo, a postura cautelosa da Booking reflete uma estratégia de acompanhar as tendências tecnológicas, mas sem abrir mão da expertise que consolidou sua posição no mercado de reservas online. Parte deste plano de evolução gradativa destas novidades, incluindo IA, envolve o investimento em soluções híbridas, combinando a eficiência digital com a experiência humana.
Cenário interno
No final de 2024, a Booking informou que, de agora em diante, seu pensamento seria cada vez mais integrado com a evolução da IA no turismo global. Com a ideia de “viagens conectadas”, a gigante norte-americana comentou sobre três novidades empoderadas por este modelo: Perguntas & Respostas sobre Empreendimentos, Filtro Inteligente e Resumo de Comentários.
Em setembro do ano passado, o próprio Steenbergen falou à Phocuswire sobre o impacto da IA generativa no setor de viagens. Para ele, processos internos e o relacionamento com os clientes pode melhorar a partir de ferramentas do tipo. No entanto, o serviço completo ainda fica por conta das OTAs.
(*) Crédito da foto: Freepik
