Setor de serviços - confiança do empresário_junho2020Alta nos últimos dois meses ainda é insuficiente para igualar perdas recentes

A hotelaria vem tentando fazer sua parte e, não à toa, empreendimentos por todo país anunciam a volta às atividades. Seria mais confiança com o cenário no curto prazo? Bem, essa é uma possibilidade real. Divulgado ontem (30) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o ICS (Índice de Confiança de Serviços) avançou 11,2 pontos em junho, atingindo 71,7 pontos.

Nos últimos dois meses, o indicador acumulou ganho de 20,6 pontos. Ainda assim, o indicador recupera apenas 48% das perdas sofridas no bimestre março-abril desse ano. Em maio, o crescimento observado havia sido de 9,4 pontos. Em cima dos resultados recentes, a instituição acredita que o pior do impacto da pandemia de estaria ficando para trás.

“Apesar da expressiva alta de junho, é preciso cautela porque a base de comparação é muito baixa. Outro ponto a ser considerado é a dinâmica dessa recuperação, ainda muito mais influenciada pela melhora das expectativas com os próximos meses. O pior momento parece estar ficando para trás, mas a elevada incerteza deixa o cenário de retomada ainda sem precisão”, avaliou Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.

Setor de serviços: retorno ao pré-crise

Ainda de acordo com a instituição de ensino, houve variação positiva nos 13 segmentos pesquisados no ICS. Apesar da melhora razoável, as avaliações sobre o momento atual e um novo avanço consistente das expectativas em relação aos próximos meses também tiveram expansão, mas ainda longe de recuperar patamares saudáveis.

De fato, o ISA-S (Índice de Situação Atual) subiu 7 pontos em junho, para 64,0 pontos. O indicador acumula perdas de 28,9 pontos no ano até agora. Já o IE-S (Índice de Expectativas) cresceu 15,1 pontos, para 79,8 pontos. O índice saltou 32,5 pontos em maio e junho, mas ainda não voltou ao patamar anterior à pandemia.

(*) Crédito da foto: Peter Kutuchian/Hotelier News