Mantendo sua trajetória de recuo, a taxa de desemprego no Brasil chegou a 8% no segundo trimestre, encerrado em junho. Segundo divulgado pelo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) apontam para o menor índice de pessoas sem trabalho para o período desde 2014 (6,9%).

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre janeiro e março, o período traz redução de 0,8 ponto percentual (8,8%) na taxa de desemprego. No mesmo trimestre de 2022, o percentual era de 9,3%.

Desta forma, o número absoluto de desocupados teve baixa de 8,3% frente ao trimestre anterior, totalizando 8,6 milhões de pessoas. São 785 mil profissionais a menos no contingente de desocupados, comparado ao último trimestre do ano passado. Em relação ao mesmo período de 2022, o recuo é de 14,2%, ou 1,4 milhão de trabalhadores.

Na outra ponta, o número de pessoas ocupadas subiu 1,1% em relação ao trimestre anterior, passando para 98,9 milhões de brasileiros. Na comparação anual, houve crescimento de 0,7%, somando 641 mil pessoas ao recorte.

Desemprego: informalidade e subutilização

De acordo com o IBGE, a taxa composta de subutilização (17,8%) recuou 1,0 p.p. em relação ao trimestre de janeiro a março de 2023 e caiu 3,4 p.p. no ano. A população subutilizada (20,4 milhões) caiu 5,7% no trimestre anterior e recuou 17,7% no ano.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,1 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu em relação ao mesmo trimestre de 2022.

O número de pessoas fora da força de trabalho (67,1 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 3,6% (mais 2,3 milhões) ante o mesmo trimestre do ano passado.

A taxa de informalidade para o trimestre móvel encerrado em junho de 2023 foi de 39,2%, ante uma taxa de 39,0% no trimestre encerrado em março de 2023, e de 40,0% no comparativo anual.

Já a população desalentada (3,7 milhões) caiu 5,1% frente ao trimestre anterior (menos 199 mil) e reduziu em 13,9% na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho (3,3%) caiu 0,2 p.p. no trimestre e diminuiu 0,5 p.p. no ano.

“O tipo de vínculo que se destaca como responsável pelo crescimento da ocupação vem de um dos segmentos da informalidade, que é o emprego sem carteira assinada”, diz Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

Por fim, o rendimento habitual (R$ 2.921,00) se manteve estável em relação ao trimestre anterior e subiu 6,2% ao ano.

(*) Crédito da foto: reprodução/Carta Capital