pousada esquilo- reaberturaMeio de hospedagem paralisou suas operações em 19 de março

Destinos de inverno como Gramado (RS) e Monte Verde (MG) estão se preparando para uma retomada do turismo nos próximos meses. Em busca de recuperar as perdas de mais de 90 dias de paralisação, o Esquilo Hotel & Chales, localizado na cidade mineira, retorna às operações em julho com 100% da equipe mantida.

Com as portas fechadas desde o dia 19 de março, o empreendimento perdeu parte significativa da alta temporada no destino, que teve início em abril. “Houve feriados da Páscoa, Tiradentes, Dia do Trabalho e Corpus Christi… Normalmente, maio já é um mês excelente aos finais de semana, assim como junho. Perdemos meses de extrema importância da temporada para manter o caixa no período de baixa”, lamenta Isabella Di Lascio, proprietária do hotel.

Levando em consideração os meses de abril, maio e junho, as perdas chegaram a aproximadamente R$ 500 mil. Apesar dos prejuízos, o hotel não recorreu às linhas de crédito liberadas pelo governo federal para respirar. “Fizemos um aporte de Pessoa Física para Pessoa Jurídica, sem vínculo com nenhum banco, porém com as mesmas referências de empréstimos bancários como prazos, carências e juros”, conta.

Mesmo sem receita, Isabella garante que nenhum dos 13 funcionários foi demitido. O hotel adotou as medidas estabelecidas pela MP 936, que permite a suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada e de salários. “Conseguimos manter a equipe com reduções de salário de 50% e 70% em maio, junho e julho. Na retomada, faremos um rodízio de colaboradores e vamos abrir apenas de quinta-feira a domingo”.

pousada esquilo- reaberturaIsabella está otimista para a retomada do turismo em Monte Verde

Esquilo Hotel & Chales: reabertura

Seguindo os decretos do município de Camanducaia (MG),  o hotel tem previsão de reabertura para 1º de julho, com 40% do inventário de 28 apartamentos e 10 chalés disponíveis para venda. Operando com restrições, pontos fortes da hospedagem como a área de lazer não estarão abertos aos hóspedes. 

Outra mudança será no setor de A&B (Alimentos & Bebidas). O tradicional bufê de café da manhã não será servido, com opção dos clientes realizarem a refeição de forma personalizada. Já o almoço e jantar não estarão disponíveis. “Os clientes serão informados das mudanças no momento da reserva. Não haverá surpresas. Optamos por não fazer esse investimento no momento, pois em Monte Verde os restaurantes já estão funcionando”, explica Isabella.

Além das medidas de higienização recomendadas por autoridades de saúde, os hóspedes deverão assinar um termo de “turista consciente”, comprometendo-se a seguir as regras estipuladas pela hospedagem. “O documento preza pela segurança da equipe e dos clientes. Ele não é obrigatório em Monte Verde, mas precisei criar algo para ter um resguardo”.

Com São Paulo, interior paulista e Belo Horizonte como principais mercados emissores de turista, Isabella está otimista para a retomada pelo perfil do destino. No momento da paralisação, o hotel investiu em uma comunicação empática e humanizada pelas redes sociais. Além das reservas diretas, as demandas também vêm de OTAs como Booking, Expedia, Zarpo e CVC.

“É um momento desafiador que demanda inúmeras exigências, mas estamos tentando ser positivos diante da situação. Monte Verde fica próximo a São Paulo e tem chances de ser um destino muito procurado, principalmente por receber mais casais e famílias, sem grandes aglomerações e com muito contato com a natureza”.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Esquilo Hotel & Chales