expediaWi-Fi foi a amenidade mais citada como importante pelos brasileiros

Em um novo estudo realizado internacionalmente, a Expedia mapeou o comportamento e as expectativas dos viajantes brasileiros quando estão em aviões e hotéis. Entre outras coisas, descobriu-se que esses hóspedes e passageiros colocam a tecnologia em primeiro lugar na sua relação com as viagens. Também foi constatado que eles detestam, mais do que tudo, descobrir em cima da hora que precisam pagar taxas adicionais.

A Pesquisa de Etiqueta em Hotéis e Aviões foi conduzida pela Northstar Research Partners a pedido da Expedia. Os questionários foram preenchidos online entre 12 e 29 de abril desta ano por 18.237 respondentes de 23 nacionalidades, nas regiões da América do Norte, Europa, América do Sul e Ásia-Pacífico.

O estudo revela que os brasileiros fizeram, em média, 6,1 viagens de avião no ano passado. No mesmo período, eles ficaram uma média de 14,4 noites hospedados em hotéis.

Uma das tendências mostradas pela pesquisa é a dependência cada vez maior da tecnologia nas viagens. O Wi-Fi é a amenidade hoteleira mais valorizada pelos brasileiros, citado como importante por 97% do total. Porcentagem aumentou muito desde o último levantamento da OTA, que mostrou que 85% dos brasileiros consideravam o Wi-Fi como insdispensável. É também o item considerado mais importante na hora de efetuar a reserva, empatado com preço e localização (todos citados por 96% dos respondentes).

Já é alto também o número de brasileiros que resolvem toda a sua viagem pelo smartphone. Do total, 77% citaram como “muito provável” ou “extremamente provável” que usem o aparelho para reservar um voo. Em relação aos hotéis, 80% deram as mesmas respostas. Das nacionalidades pesquisadas, apenas os indianos se mostraram mais dispostos do que os brasileiros a usar a tecnologia nesses momentos.

“A edição de 2019 de nossa pesquisa mostra que as viagens são parte cada vez maior do cotidiano dos brasileiros, e que a tecnologia é um aliado importantíssimo nessa experiência. É fundamental que hotéis e companhias aéreas ofereçam boas soluções para suprir essas expectativas, e o Expedia Group se coloca sempre à disposição para auxiliar nesse processo”, diz Marcos Swarowski, diretor sênior de Gestão de Mercado da América do Sul do Expedia Group.

Expedia: Satisfação e insatisfação nos hotéis

Nada irrita mais os brasileiros do que tarifas inesperadas. Esse item foi citado por 44% deles como o que os deixa mais estressados em uma hospedagem.  Mudanças inesperadas no itinerário (17%) e a impossibilidade de remarcar ou cancelar uma reserva sem pagar (14%) também foram citadas.

No que agrada os brasileiros, além de ter a tecnologia à disposição, poder usar o frigobar para armazenar seus alimentos e bebidas foi citado como importante por 96% do total. Em seguida, ter um serviço de quarto de qualidade (94%) e encontrar bar e restaurante de acordo com o prometido pelo hotel ao fechar a reserva (92%) também foram amplamente citados. Já itens como spa (60%) e babá para crianças (58%) ficam em segundo plano.

O tipo de hóspede que mais incomoda esses viajantes são os que reclamam demais por coisas pequenas, citados por 46% dos brasileiros. Bêbados no bar (36%) e hóspedes indiscretos em seus quartos (31%) também foram citados, assim como os pais desatentos com suas crianças (30%).

De acordo com o estudo, problemas que afetem a privacidade nos quartos costumam ser menos tolerados do que aqueles que se passam nas áreas comuns. Dos brasileiros entrevistados, 72% ligam para a recepção se o quarto ao lado está fazendo barulho em volume muito alto. Muito mais do que o número de franceses (54%), por exemplo.

Já 64% reclamam com a recepção se o problema for cheiro de maconha vindo pela janela. Os hóspedes de Hong Kong são os mais irritados pelo problema (80%), enquanto os franceses (37%) não ligam muito.

Nas áreas comuns, como em piscinas, 45% dos brasileiros pedem para o salva-vidas ou o gerente do hotel chamar a atenção de hóspedes muito barulhentos. Os menos pacientes nesse caso são os asiáticos, como sul-coreanos (56%), taiwaneses (62%) e indianos (60%).

Para Swarowski, ficar atento aos comportamentos e fatores que mais agradam e desagradam os viajantes pode ser decisivo para o sucesso dos hotéis. Principalmente em uma época em que as avaliações disponíveis online são decisivas para o planejamento de uma viagem.

“Sabemos que 53% dos viajantes não fecham uma reserva antes de lerem avaliações disponíveis sobre os hotéis. Se descuidarem de sua imagem, esses empreendimentos podem ficar para atrás na preferência dos hóspedes”, comenta o executivo.

(*) Crédito da capa: Erik Odiin/Unsplash

(**) Crédito da foto: Bernard Hermant/Unsplash