FBHA - impacto no setor - alexandre sampaioSampaio: a situação tende a piorar, caso não tenhamos o suporte necessário

Desde o início da crise, a hotelaria aparece entre os setores que mais sofreram em decorrência da disseminação do coronavírus. A estimativa é que as perdas do segmento já chegam a quase R$ 122 bilhões no Brasil. Segundo a FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação), até o momento, 40,6% das empresas do setor fecharam as portas.

Quanto ao setor de alimentação, estima-se que 34,3% dos empresários não conseguiram manter os negócios em funcionamento. Outros dados que desenham o cenário negativo pelo qual percorre o turismo são os números da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo). A instituição estima que, desde o início da pandemia, o setor de turismo já acumula perdas da ordem de R$ 121,97 bilhões. Neste mesmo período, 275 mil postos formais de trabalho também deixaram de existir. E a expectativa é de que, apenas em 2023, o faturamento do segmento volte aos patamares do período pré-pandemia.

“Estamos preocupados com a situação do turismo brasileiro. Os meses de abril, maio e junho trouxeram prejuízos que nunca poderíamos prever. Infelizmente, a situação tende a piorar, caso não tenhamos o suporte necessário do governo federal para atender as nossas empresas. Dentre os 68 sindicatos filiados à FBHA, 40% acreditam que pode haver um maior fechamento dos empreendimentos ligados à hospedagem e alimentação, futuramente, em virtude da pandemia”, diz Alexandre Sampaio, presidente da Federação.

FBHA: pleitos do setor

Atualmente, a entidade pleiteia junto ao poder público a implementação de mais linhas de financiamento durante o período de calamidade pública. Além de ser a favor da prorrogação das Medidas Provisórias, que minimizam os impactos negativos causados pela pandemia. A exemplo da luta por inclusão do setor de Turismo na MP 975, que institui o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito.

(*) Crédito da capa: Peter Kutuchian/Hotelier News

(**) Crédito da foto: Divulgação/FBHA