terça-feira, 22/julho
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Hilton repete feito e é a marca hoteleira mais valiosa do mundo

A consultoria britânica Brand Finance divulgou seu ranking Hotels 50 2025, que lista as marcas hoteleiras mais valiosas e mais fortes do mundo. O relatório combina dados financeiros com critérios como reconhecimento de marca, fidelização de clientes, reputação e percepção de qualidade — oferecendo um panorama completo sobre o desempenho global da hospitalidade. E quem lidera a edição deste ano é a Hilton, com valor estimado em US$ 15,1 bilhões, ocupando a primeira posição pelo terceiro ano seguido.

A cifra coloca a gigante hoteleira muito à frente das concorrentes. Em segundo lugar aparece a Hyatt Hotels Corporation, com US$ 8 bilhões, seguida pela Marriott International, avaliada em US$ 3,8 bilhões. O domínio da Hilton não se explica apenas por sua presença global, mas pela habilidade da marca de transformar o nome em receita efetiva e valor de mercado.

Outras bandeiras que compõem o top 10 incluem Hampton Inn, Shangri-La, DoubleTree, Sheraton, Holiday Inn, InterContinental e Courtyard — muitas delas pertencentes a grandes grupos como Hilton e Marriott, que seguem como protagonistas do cenário hoteleiro global.

Outros dados

Além do valor financeiro, o relatório também mede a força das marcas, considerando atributos como reputação, experiência do hóspede, fidelidade e vínculo emocional com o cliente. E nesse ranking, a liderança muda de mãos: quem aparece no topo é a indiana Taj Hotels, com pontuação de 92,2 em 100.

A Scandic Hotels, da Escandinávia, surge em segundo lugar, com 91,3 pontos, enquanto a Marriott ocupa a terceira posição com 90,0. Esses resultados revelam que marcas regionais, com forte identidade local e excelência em hospitalidade, podem superar gigantes globais quando o critério é a percepção do consumidor.

O relatório também aponta o bom desempenho de marcas nos segmentos midscale e premium, como Premier Inn, Centara e Hampton Inn, que seguem bem colocadas tanto em valor quanto em força de marca. Essas bandeiras demonstram que consistência, padronização e atenção à experiência do hóspede continuam sendo fatores determinantes, independentemente do nível de sofisticação do serviço.

Um dos principais destaques do estudo é o descompasso entre valor e força de marca. A Hyatt, por exemplo, é a segunda mais valiosa do ranking, mas não aparece entre as 10 mais fortes. Já a Taj Hotels, líder em força, não figura no top 10 das mais valiosas. Essa disparidade mostra que, para operadores e investidores, força de marca pode ser um indicador mais estratégico do que o valor financeiro isolado.

Em um mercado cada vez mais orientado à experiência e à fidelização, entender o equilíbrio entre reputação, percepção do cliente e valor de mercado é essencial — tanto para quem administra operações hoteleiras quanto para quem busca retorno em investimentos no setor.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Hilton