Com um dos maiores índices de abertura de hotéis entre as grandes cadeias hoteleiras mundiais, a Hyatt Hotels está expandindo sua presença no mercado midscale. A gigante do setor aposta em sua marca Hyatt Studios com o objetivo de crescer em praças secundárias e terciárias com conceito de empreendimentos simplificados, segundo informado pelo Skift.

A empresa, conhecida por suas propriedades de luxo e hotéis urbanos de negócios, vê no segmento um caminho para um crescimento adicional, indo além de empreendimentos de full service. Mais rápidos de construir e mais barato para os proprietários administrarem, eles ajudam a preencher as lacunas onde a rede ainda não está presente.

A Hyatt, que elevou em 25% seu pipeline de selected services nas Américas nos últimos três anos, lançou a Hyatt Studios há um ano e meio como sua primeira aposta no mercado midscale. A bandeira já está com empreendimentos em andamento em cidades como Harrisonburg, na Pensilvânia; Madison, no Alabama; e La Verkin, em Utah.

Jim Tierney, vice-presidente sênior de Desenvolvimento da rede, ressalta que tanto a Hyatt Studios, quanto a Caption by Hyatt, ajudaram a impulsionar o avanço da empresa, sendo a segunda com foco em selected services de luxo.

“Tornamos o Caption mais simplificado operacionalmente”, diz Tierney. “Isso nos permite expandir para uma gama mais ampla de mercados com um modelo mais econômico”, acrescenta.

Já a Hyatt Studios tem como seu principal público as estadas prolongadas, com cerca de 4 mil UHs em desenvolvimento e 250 propriedades em fase de negociação. “Quase metade do nosso pipeline do Hyatt Studios representa novos proprietários e mercados para nós”, observa Tierney.

Flexibilidade como diferencial

Na Hyatt Studios, os proprietários podem decidir sobre recursos como piscinas ou espaços para reuniões. Já se foram os dias em que se esperava que cada unidade da empresa fosse uma cópia exata de suas irmãs, rigorosa quanto à consistência da marca e evitasse confundir os hóspedes.

A companhia também está repensando sua abordagem para renovações, vinculando-as a métricas de desempenho em vez da passagem arbitrária do tempo. Hotéis que atendem a certos padrões podem adiar seus ciclos de retrofit de sete anos, um movimento que tem menos a ver com procrastinação e mais com pragmatismo, de acordo com Tierney.

Pelo que apurou a reportagem do Hotelier News, a rede planeja trazer tanto a Hyatt Studios, quanto a Caption, para o mercado brasileiro, mas não agora. Neste momento, a ideia é consolidar as marcas nos EUA para, em seguida, fazer as adaptações necessárias para o Brasil e América do Sul.

Com o fim do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) em 2025, as conversões hoteleiras seguirão em alta como estratégia de expansão, tendência que a rede planeja abraçar para ganhar escala por aqui. Por isso, a empresa orienta sua expansão no mercado brasileiro para as collection brands Unbound Collection e Destinations, além de oportunidades para Park Hyatt e Hyatt Place.

Outro segmento que a rede norte-americana avalia no Brasil, pelo que o Hotelier News apurou, são de resorts all inclusive.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Hyatt Hotels