Localizado na Praia do Preá (CE), o Casana Hotel tem o kitesurfe como um de seus principais nichos de mercado. O empreendimento de luxo, até então, abria suas portas entre julho e janeiro, apoiando-se na sazonalidade imposta pelos ventos para a prática do esporte. Presente na ILTM Latin America, Gustavo Camargo, diretor de Operações da propriedade, explicou que novos investimentos mudarão a logística de funcionamento.
Tradicionalmente, o Casana fecha suas portas no período de baixa temporada do kitesurfe, que contempla os meses de março, abril, maio e junho. Segundo Camargo, os meses de paralisação da operação são utilizados para fazer novos investimentos estruturais.
“O Casana tem essa particularidade. Avaliamos as métricas na alta temporada. Quando fechamos as portas, o hotel passa por um novo retrofit e reabre como se fosse a primeira vez”, explicou o diretor em entrevista à reportagem do Hotelier News na ILTM.
O empreendimento, que já contava com uma sala de massagem, agora oferece um spa completo com três saunas (seca e úmida), além da primeira sauna infravermelha dentro de um hotel. O espaço ainda dispõe de três salas de massagem individuais, duas para casais, jacuzzi, esteticista e cabeleireiro. Vale destacar que todos os serviços já estão inclusos na diária.
“Com o spa, a partir de 2026, o Casana passa a funcionar o ano todo, pois teremos um apelo de bem-estar e gastronomia quando estivermos fora da temporada do kitesurfe”, destacou o executivo. Para atender à nova demanda, o hotel contratou e treinou mais funcionários.
Ultrapersonalização como fidelização
Um dos grandes diferenciais do Casana é sua proposta de ultrapersonalização. Com apenas sete bangalôs e ocupação máxima de 14 hóspedes, a propriedade opera de um jeito único. Ao fazer a reserva, a equipe do empreendimento entra em contato com o cliente para saber seus hábitos, restrições alimentares, fragrâncias preferidas e últimas viagens feitas para traçar o perfil do viajante.
“É um trabalho minucioso de detalhes. Queremos que o hóspede se sinta em casa. Não trabalhamos com reservas last minute e disponibilizamos day use. Todas as áreas, inclusive o restaurante, são de uso do hóspede. Contamos com 88 colaboradores operacionais, ou seja, são cinco funcionários por cliente”, ressaltou Camargo.
O Casana define uma agenda com sugestões de atividades para os hóspedes e as refeições são personalizadas. “Nossa cozinha funciona das 6h às 23h, mas o cliente pode comer a hora que ele quiser, como ele quiser e o que ele quiser”, explicou o diretor.
Essa ultrapersonalização resultou em uma taxa de 74% de hóspedes recorrentes, o que sinaliza uma alta taxa de fidelização. “Esse percentual, dentro do setor hoteleiro, é sinônimo de sucesso e credibilidade. Temos clientes que voltam todos os anos”, finalizou Camargo.
(*) Crédito das fotos: Nayara Matteis/Hotelier News