domingo, 28/setembro
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Negociações de fusão entre Gol e Azul chegam ao fim

As companhias aéreas Gol e Azul anunciaram na noite de ontem (25) o fim das negociações para uma possível fusão, além da rescisão do acordo de codeshare firmado em maio de 2024, que integrava suas malhas aéreas no país, aponta o InfoMoney.

O processo teve início em janeiro, quando a Abra, controladora da Gol, e a Azul assinaram um memorando de entendimentos. Segundo a Abra, apesar da sinalização inicial, as conversas não avançaram devido ao foco da Azul em seu processo de Chapter 11 nos Estados Unidos. A holding afirmou que “as partes não tiveram discussões significativas ou progrediram em uma possível operação de combinação de negócios por vários meses”.

Tanto a Gol quanto a Azul garantiram que manterão válidas todas as passagens já comercializadas. A Gol acrescenta que, como parte do compromisso com os clientes, honrará os bilhetes emitidos dentro da parceria. O encerramento das tratativas frustra a possibilidade de criação da maior companhia aérea do país. Dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) referentes a agosto mostram a Latam na liderança, com 41,1% do mercado, seguida pela Gol (30,1%) e Azul (28,4%).

O trâmite

No início de setembro, o Code (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) havia alertado sobre riscos de anúncios prematuros de fusões e cobrado a formalização do codeshare. “Você não deve anunciar uma operação de fusão, aquisição, que não está pronta e não foi apresentada às autoridades reguladoras”, disse Gustavo Augusto, presidente do órgão.

A expectativa era que uma eventual operação conjunta pudesse começar em 2026, após análise regulatória. O plano previa participação igualitária, com a Gol em posição acionária menor e governança compartilhada entre as empresas.

No segundo trimestre, a Azul registrou lucro líquido de R$ 1,29 bilhão, revertendo prejuízo de R$ 3,56 bilhões no mesmo período de 2024. A Gol, por sua vez, reportou prejuízo de R$ 1,5 bilhão, mas reduziu as perdas em relação ao ano anterior e saiu da recuperação judicial em junho.

(*) Crédito da foto: Divulgação

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