fbhaSampaio: projeção é de 300 mil desempregados 

Aprovada em abril, a MP 936, que garante dois meses de fôlego ao setor com medidas trabalhistas. Chegando ao fim de sua vigência, a FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação) continua a lutar para garantir melhorias ao segmento durante o período da crise do coronavírus. A nova proposta da federação consiste na busca por prorrogar a MP por mais 180 dias.

Ontem (11), a Federação se reuniu junto a entidades do Turismo, para solicitar a prorrogação da suspensão de contrato de trabalho e da redução proporcional de jornada e salário. Na reunião também estavam presentes os deputados Baleia Rossi (MDB/SP), Magda Mofatto (PL/GO), Eduardo Bismarck (PDT/CE), Evair Vieira de Melo (PP/ES), Geninho Zuliani (DEM/SP), Newton Cardoso Jr. (MDB/MG), Arnaldo Jardim (CIDADANIA/SP) e Felipe Carreras (PSB/PE).

Alexandre Sampaio, presidente da FBHA, defendeu no encontro a importância da prorrogação. “Sabemos que todos os setores da economia estão afetados, mas o segmento voltado ao Turismo terá o processo mais longo de recuperação. Temos uma projeção de 300 mil desempregados e quase R$ 22 bilhões de prejuízo no faturamento em razão dos compromissos que não poderão ser assumidos. Nossa ressalva é voltada à necessidade da prorrogação da MP”.

FBHA: MP 936

Muito aguardada pela hotelaria, a medida autoriza a diminuição da jornada de trabalho e dos salários, bem como a suspensão de contratos com a União arcando com parte ou integralidade dos recursos aos colaboradores.

Com o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que vigora por 90 dias, mais de 24 milhões de trabalhadores têm direito a benefício em caso de redução de jornada ou suspensão de contrato. Pelas estimativas da Secretaria Especial de Trabalho, sem a adoção das medidas, 12 milhões de brasileiros poderiam perder seus empregos. Destes, 8,5 milhões requisitariam o seguro-desemprego e os outros 3,5 milhões buscariam benefícios assistenciais para sobreviver.

(*) Crédito da foto: Divulgação/FBHA