iataAmerican Airlines foi a que mais transportou passageiros em 2018

A Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo na sigla em inglês) divulgou os números do desempenho das companhias aéreas de 2018. Dados são do IATA World Air Transport Statistics, relatório anual de dados estatísticos sobre as companhias aéreas. 

Levantamento informa que, no ano passado, 4,4 bilhões de passageiros voaram. Aumento de 6,9% em relação a 2017 e 284 milhões de viagens adicionais por via aérea. Resultando em recorde de aproveitamento, com 81,9% dos assentos disponíveis ocupados. 

O relatório também informa que 22 mil pares de cidades estão conectados por voos diretos. 1,3 mil a mais do que em 2017 e o dobro dos 10.250 conexões em 1998. Além disso, o custo real do transporte aéreo caiu mais da metade nos últimos 20 anos (para cerca de US$ 0,78 por tonelada/quilômetro da receita, ou RTK).

"As companhias aéreas conectam cada vez mais pessoas e lugares. A liberdade de voar nunca esteve tão acessível. Com isso, o nosso mundo é um lugar mais próspero. Como acontece com qualquer atividade humana, isso envolve um custo ambiental que as companhias aéreas têm o compromisso de reduzir. Entendemos que a sustentabilidade é essencial para divulgar e colher os benefícios da aviação. A partir de 2020, limitaremos o crescimento líquido das emissões de carbono. E, até 2050, reduziremos nossa pegada de carbono para metade dos níveis de 2005”, diz Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da Iata. 

Declaração é dada dias após o Dia de Sobrecarga da Terra, que foi em 29 de julho esse ano. Medido pela GFN (Global Footprint Network), a data representa o dia em que a humanidade consumiu todos os recursos renováveis disponíveis para aquele ano. “Esta meta ambiciosa de ação climática precisa do apoio do governo. É fundamental que os combustíveis de aviação sustentáveis, as novas tecnologias e rotas mais eficientes garantam o futuro mais verde que estamos buscando", acrescenta o executivo. 

Iata: transporte de passageiros

O desenvolvimento do segmento de companhias aéreas de baixo custo (LCCs – low-cost carriers)* continua acima do crescimento das companhias aéreas tradicionais. Medida em ASKs (assentos disponíveis por quilômetro), a capacidade das LCCs aumentou 13,4%. Quase o dobro da taxa de crescimento geral do setor de 6,9%. As low-costs também representaram 21% da capacidade global em 2018, acima dos 11% registrados em 2004.

Com relação aos assentos disponíveis, a participação global das LCCs em 2018 foi de 29%. Reflexo a característica de voos curtos do seu modelo de negócios. Esse resultado ficou acima dos 16% registrados em 2004. Cerca de 52 das 290 companhias aéreas associadas à Iata são LCCs ou de novos modelos de negócios.

As empresas da região Ásia-Pacífico foram, mais uma vez, as que transportaram o maior número de passageiros em todo o sistema. Os rankings regionais são: Ásia-Pacífico: 37,1% do mercado (1,6 bilhão de passageiros, um aumento de 9,2% em relação a 2017); Europa: 26,2% (1,1 bilhão de passageiros, +6,6% no comparativo anual); América do Norte: 22,6% (989,4 milhões de passageiros, +4.8%); América Latina: 6,9% (302,2 milhões de passageiros, +5,7%); Oriente Médio 5.1% (224,2 milhões de passageiros, +4%); África: 2,1% (92 milhões de passageiros, +5,5%).

Apesar das asiáticas ficarem com a maior parte do mercado, das companhias aéreas que mais transportaram passageiros (RPKs) em 2018, as três primeiras foram americanas. Encabeçadas pela American Airlines (330,6 bilhões), seguida da Delta Air Lines (330 bilhões) e United Airlines (329,6 bilhões). Completando o top cinco, a Emirates (302,3 bilhões) aparece em quarto, seguida pela Southwest Airlines (214,6 bilhões), outra americana.

(*) Crédito da capa: Suhyeon Choi/Unsplash

(**) Crédito da foto: Miguel Ángel Sanz/Unsplash