Morpheus Hotel - fachadaA imagem é renderizada, mas o hotel já opera

Conhecido por seus ousados projetos arquitetônicos, o Zaha Hadid Architects acaba de entregar Morpheus Hotel. A propriedade, inaugurada no último dia 15, integra o City o Dreams, mega empreendimento imobiliário de US$ 1,1 bilhão erguido em Cotai, em Macau. No complexo, além de shoppings, teatros e cassino, há ainda outros três hotéis: o Nüwa, Grand Hyatt Macau e o The Countdown Hotel, todos também já em funcionamento.

Apesar das marcas premiadas que fazem parte do complexo, é realmente o Morpheus Hotel quem chama atenção. Tudo por conta do seu projeto arquitetônico inovador, como pode ser visto na imagem acima. A construção será o primeiro prédio com estrutura de exoesqueleto com vão livre do mundo.

No total, serão 770 quartos, suítes e villas. Entre os serviços disponíveis aos hóspedes, destaque absoluto para a parte gastronômica. Dos três restaurantes disponíveis, dois serão comandados por ninguém menos do que Alain Ducasse. Já o premiado pâtissier francês Pierre Hermé leva suas criações para um moderno lounge. Por fim, há ainda estabelecimento especializado na culinária chinesa no 21º andar, o Yi.  

Outras comodidades incluem áreas comuns, infraestrutura para reuniões e eventos, salão de cassino, spa, academia e piscina na cobertura. Também chama atenção no projeto o átrio com 12 elevadores de vidro, que cortam o vão livre do edifício ofertando vistas tanto para o interior, quanto para o exterior do hotel.

Morpheus Hotel - vão livreDetalhe do vão livre

Morpheus Hotel: arquitetura

O projeto é um dos últimos trabalhos da premiada Zaha Hadid, arquiteta inglesa de origem iraquiana morta em 2016. A profissional foi contratada pela Melco Resorts & Entertainment para construir o hotel em 2012. Na época, as fundações já estavam feitas por conta de uma torre de condomínio que não progrediu.

O escritório de Zaha Hadid, então, projetou o Morpheus Hotel a partir da estrutura abandonada. Ela aproveitou o formato retangular da construção para projetar um prédio de 40 andares e dois vãos livres esculpidos bem no centro da propriedade, que criam uma espécie de janela urbana que conecta os espaços comuns internos do hotel.

Zaha Hadid optou também por usar o formato de exoesqueleto para a construção do edifício. Nessa técnica construtiva, os interiores do prédio não são interrompidos por paredes ou colunas de sustentação.

(*) Crédito a foto: Virgile Simon Bertrand/ Zaha Hadid Architects