sábado, 16/novembro
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Inflação na Venezuela distorce resultados na América do Sul em julho, diz STR

STR - resultados LimaPlaza de Armas, em Lima: mais um mês ruim na capital

Hotéis na América do Sul apresentaram números distorcidos em julho, apontam dados da STR. Segundo a empresa, a razão para isso é a elevada inflação na Venezuela, que está acima de 2000%. O descontrole dos preços no país vizinho fez subir em 500% a diária média local frente igual período de 2017. Em consequência, houve crescimento exagerado do indicador na média geral do continente (+85%, para US$ 175,15).

Outro índice importante no setor, o RevPar pegou carona neste movimento, avançando 84,3% (para US$ 100,69) na América do Sul. Já a ocupação beirou a estabilidade, mas acabou recuando 0,4% (para 57,5%). Lima, no Peru, teve desempenho oposto ao do restante do continente, registrando queda nos três principais indicadores da hotelaria pelo terceiro mês consecutivo. 


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Em julho, a capital peruana teve decréscimo de 8,6% na ocupação (para 61,3%), de 0,5% (para 425,55 novos soles) na diária média e de 9,1% (para 260,92 novos soles) no RevPar. Analistas do STR disseram que o desempenho foi influenciado pela queda de 2,8% na demanda (room nights vendidos) e pela alta de 6,4% na oferta de quartos. Pelo menos, houve um acontecimento positivo: a Conferência Internacional da IASIA-LAGPA, realizada de 23 a 26 de julho, impulsionou o RevPAR em 27,1%.

Outro mercado destacado pela STR foi de Buenos Aires. Devida à desvalorização de mais de 50% do peso frente ao dólar nos últimos meses, a diária média subiu 64,1% em julho, para 3.106,55 pesos. Essa elevação também impulsionou o RevPar, que aumentou 53,6% (para 1.969,56). Já a ocupação, que teve apenas seis dias de crescimento frente igual período do ano passado ao longo do mês, caiu 6,4% (para 63,4%).

Este mês, a STR também divulgou dados sobre o pipeline de desenvolvimento na América do Sul. A pesquisa destacou o papel do Brasil, que lidera com folgas a expansão do setor na região. Ainda assim, o continente apresentou redução no número de aberturas frente igual período de 2017.

(*) Crédito da foto: pvdberg/Pixabay