segunda-feira, 23/setembro
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ABIH-MG mostra preocupação e condena medida que suspende editais de patrocínio para eventos


Um dos parques da capital mineira, destino considerado como de risco para o setor hoteleiro
(foto: arquivo HN / Camila Oliveira)

O mercado belo-horizontino de hotelaria parece não viver seus melhores dias. Cidade citada pelo placar da hotelaria do Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) como uma das principais candidatas a ter superoferta nos próximos anos, a capital mineira é motivo de preocupação para a entidade estadual de hospedagem. Em entrevista concedida hoje (27) ao Hôtelier News, Patrícia Coutinho, presidente da ABIH-MG (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais), classificou como preocupante o panorama hoteleiro da cidade, sobretudo, depois que a administração municipal comunicou, em conversa com a imprensa mineira, que irá cancelar os editais de patrocínio para eventos na cidade.

Com essa medida, a prefeitura deixa de apoiar e incentivar financeiramente convenções que trariam clientes aos meios de hospedagem do destino. A justificativa para o veto foi a necessidade de poupar recursos em anos (2015 e 2016) de "dinheiro curto".


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"Tivemos aumento expressivo no número de quartos na cidade. Desde a realização da Copa do Mundo, a hotelaria assistiu um crescimento desordenado na concessão de alvarás sem, no entanto, ter o mesmo crescimento vertiginoso da demanda dos serviços", pondera a presidente, frisando o pouco planejamento da prefeitura tanto na autorização de obras quanto na ausência de fomento ao mercado de eventos.

De acordo com Patrícia, o corte de patrocínios para convenções vem no momento errado e desestimula ainda mais os participantes e organizadores de encontros e congressos. "O turismo – e por consequência a hotelaria – precisa de incentivo, de apoio público e essa medida significa exatamente o contrário", argumenta.

Para a executiva, o setor perde espaço e o governo municipal ignora a relevância do segmento. "No nosso entendimento, essa é uma decisão que faz a hotelaria perder espaço. É subestimar a importância do turismo. A impressão que temos é que fomos os primeiros atingidos com o corte", reclama. 

"Não critico a postura de economia do prefeito, mas o orçamento parece mal planejado. Era necessário maior incentivo a eventos para encher essa quantidade de hotéis autorizados e construídos", completa a executiva.

Sobre a participação da iniciativa privada no panorama de convenções da cidade, Patrícia alega que a quantidade de empresários que investe em eventos em Belo Horizonte ainda é pouca frente à necessidade do lugar. 

Serviço
www.abihmg.com.br