Expansão do PIB fica comprometida com a pandemia, avaliam bancos
Depois do Goldman Sachs, foi a vez de outro banco “rebaixar” as perspectivas para e economia brasileira devido ao coronavírus. O BofA (Bank of America) divulgou ontem (20) relatório prevendo que o PIB (Produdo Interno Bruno) nacional retrairá 0,5% em 2020. Frente ao levantamento anterior, há corte de um ponto percentual.
A preocupação quanto à desaceleração econômica devido ao coronavírus já havia sido projetada pela CNC. Vale ressaltar, contudo, que a situação também reflete em outros países latino-americanos. Venezuela (-20%), o México (-4,5%) e a Argentina (-3%) são as nações com piores estimativas. Já o Chile deve cair 0,7%, enquanto o Peru ainda deve crescer 0,5%.
Analistas da instituição ouvidos pela Reuters indicam que o “Chile, Peru e Brasil são os países mais sensíveis ao choque combinado China/commodities, mas ajustamos nossas previsões de crescimento de maneira geral”.
Coronavírus e o PIB
Anteriormente, outras instituições fizeram análises sobre o cenário econômico atual. O JPMorgan estima recuo de 3,5% da economia brasileira no primeiro trimestre e uma queda significativa de 10% no segundo. Ao final de 2020, a previsão é de contração de 1%. O Goldman Sachs também baixou sua estimativa: de alta de 1,5% para declínio de 0,9%.
Já o Itaú Asset Management estima queda do PIB de 0,3% em 2020, enquanto o Credit Suisse faz baixo sua projeção de alta de 1,4% para estabilidade. Por fim o Citi ainda não realizou nova projeção, mantendo então a estimativa de crescimento de 1,6% para este ano. Todavia, entende estar “subestimando amplamente o impacto negativo do Covid-19 na economia, especialmente no setor de serviços”, que corresponde a cerca de 70% do PIB.
“Estamos monitorando a escalada significativa desse processo esta semana para ter uma melhor avaliação sobre a extensão de nossa revisão significativa do PIB a ser implementada nos próximos dias”, aponta o próprio banco em relatório.
(*) Crédito da foto: Paulo Whitaker/Reuters