Comprometimento com o pagamento das dívidas se mantém estável
Pela quinta vez consecutiva a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), aponta que o endividamento entre as famílias subiu. Em maio, os números cresceram 0,7 p.p em relação a abril, que registrou 62,7% de famílias endividadas. Na comparação com maio de 2018, o percentual cresceu 4,4 p.p, atingindo 63,4% das famílias.
Apesar da alta do percentual, a Peic também identificou estabilidade quanto ao comprometimento médio de renda com o pagamento de dívidas e queda no percentual de famílias que se consideram endividadas. Para José Roberto Tadros, presidente da CNC, mesmo com o ritmo de crescimento moderado da economia, o crédito para as famílias subiu ao longo do primeiro semestre. “As condições ainda favoráveis de juros e prazos ajudaram a manter estável parte da renda comprometida com dívidas, o que ajuda as famílias a pagarem suas contas em dia e se sentirem mais otimistas quanto à capacidade de pagamento”, avalia.
A proporção de famílias com dívidas em atraso, ou seja, inadimplentes, aumentou em maio de 2019, comparado ao mesmo período em 2018, passando de 23,9% para 24,1% – porém com queda de 0,1 p.p na comparação anual. Já o número de famílias que declaram não ter condições de pagar suas dívidas ficou estável, em 9,5% na comparação mensal, e apresentou retração de 0,4 p.p na comparação com maio do ano passado, 9,9%.
CNC: nível de endividamento
Entre os meses de abril e maio de 2019, a proporção de famílias que se declararam muito endividadas caiu de 13,0% para 12,9%. Na comparação anual, houve queda de 0,6 p.p entre as famílias que se consideram muito endividadas. Aumentou a parcela das famílias que se declaram mais ou menos endividadas, de 22,4% para 23,1%, e a parcela pouco endividada de 23,2% para 27,5%, ambas na comparação anual.
Já o comprometimento da renda com dívidas, a parcela média ficou estável em maio, mantendo-se em 29,3% na comparação anual, diminuindo 0,1 p.p na comparação mensal. Entre as famílias com contas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 62,9 dias em maio de 2019 – inferior aos 64,4 dias em maio de 2018. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de sete meses, sendo que 25,3% delas estão comprometidas com dívidas de até três meses e 31,3%, por mais de um ano.
(*) Crédito da foto: Ahmand Arditi/Pixabay