domingo, 22/setembro
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Complexo Maraey utilizará 50% de energia elétrica gerada por fontes renováveis

Com previsão de inauguração para o final de 2023, o Complexo Maraey, em Maricá (RJ), acaba de receber a pré-certificação do SITES (Sustainable Sites Initiative), na categoria Gold. O projeto utilizará 50% de sua energia elétrica nas áreas comuns provenientes de fontes renováveis, como solar, biogás e eólica, para uma população estimada em 70 mil pessoas, entre residentes, prestadores de serviços, turistas e colaboradores.

O Sistema de Créditos v2 usa uma metodologia de 200 pontos com quatro níveis de excelência, em que o SITES Gold é o terceiro mais alto. O SITES é um programa que promove o desenvolvimento sustentável do ambiente e pode ser usado para reforçar a sustentabilidade de um projeto, incluindo a implementação de sua infraestrutura verde e o aumento da resiliência do mesmo.

“A sustentabilidade é um pilar fundamental do projeto. Nosso objetivo é ter um complexo em consonância com o meio ambiente, preservando sua riqueza e diversidade. Com investimento em diferentes frentes, especialmente no uso de energias limpas, queremos ser uma referência autossustentável no cenário turístico-residencial, e essa pré-certificação é um reconhecimento e uma responsabilidade que nos motiva ainda mais”, afirma Emilio Izquierdo, CEO de Maraey.


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Além do uso de placas fotovoltaicas, a equipe de técnicos do projeto estuda diversas formas de produção de energia através de fontes renováveis, tais como o biogás, gerado a partir do processo de tratamento de esgoto, e a energia eólica, gerada por mini turbinas. Estuda-se ainda a geotermia, processo de troca de calor com o solo que, incorporado nos sistemas de climatização das edificações, possibilita uma redução do consumo de energia elétrica. A produção de energia elétrica através de fontes renováveis será direcionada para iluminação de áreas públicas e comuns dentro do complexo, alimentação dos sistemas de irrigação nos jardins e campos esportivos e de lazer do empreendimento.

“Conquistarmos a pré-certificação SITES Gold só mostra como, de fato, estamos alinhados com o conceito de sustentabilidade do projeto, sendo coerentes com o que propomos, criamos e oferecemos. Seremos os primeiros com a pré-certificação na tipologia de uso misto em toda a América do Sul. Entre os grandes empreendimentos turístico-residenciais, teremos uma estrutura de vanguarda pela complexidade e multiplicidade de fontes energéticas sustentáveis”, declarou Marcelo Galvão, diretor Técnico de Construção do complexo.

Complexo Maraey: reaproveitamento de água

O programa considerou, além do uso de fontes renováveis de energia, a adoção de estratégias relacionadas à conservação das águas. Para tanto, o projeto credita o reaproveitamento da água proveniente das estações de tratamento de esgoto do empreendimento. A vazão média de esgoto gerado por dia estimada no projeto é de cerca 60 litros por segundo, o que possibilitará a irrigação com água de reuso, em área aproximada de 380 mil m2.

Outra solução hídrica sustentável prevista no projeto será a captação de água de chuva no sistema viário e o seu armazenamento em reservatórios específicos para utilização como água de reuso.

A água, proveniente tanto das ETEs quanto da captação de chuva, será utilizada nos sistemas de irrigação de jardins nas áreas comuns e públicas, assim como no campo de golfe. Com isso,o empreendimento visa a substituição do uso de água potável para manutenção de seu paisagismo.

Preservação perpétua da restinga

Ser um projeto que se integra ao meio ambiente, protegendo-o, sempre foi uma das premissas do projeto. O complexo turístico-imobiliário terá a segunda maior RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) de restinga do Estado do Rio de Janeiro. Com quase 440 hectares, a área da RPPN corresponderá a mais da metade da área será protegida integralmente e de modo perpétuo.

Outro recurso para preservação da fauna e flora é o plano de manejo de material orgânico para reflorestamento de zonas degradadas, além do resgate de espécies. A camada vegetal suprimida por autorização legal será tratada e usada na recuperação de áreas deterioradas. Após a implantação do projeto, a estimativa é que haja uma recomposição da vegetação nativa de mais de 120 hectares da Restinga de Maricá..

Mobilidade sustentável

Na busca pela pré-certificação SITES Gold, o complexo também pontuou pelo fomento ao uso de veículos híbridos elétricos e, seguindo a tendência de grandes complexos que oferecem ciclovias que se integram aos municípios onde se instalam, por ter 20 km de pista dedicada às bicicletas. Quando estiver pronta, será a maior ciclovia do Brasil dentro de um empreendimento turístico-residencial. Essa extensão implica uma expansão da malha cicloviária de Maricá, chegando a 57,5 km.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Complexo Maraey