Zanchi: mercado de luxo tem potencial no Brasil
"Não sou a pessoa de Desenvolvimento da empresa, mas minha recomendação para expansão seria São Paulo." Com essa frase, Gil Zanchi, Area General Manager da Marriott International no Brasil, resumiu o pensamento da rede americana sobre o mercado brasileiro. Mesmo sem antecipar locais ou possíveis modelos para expandir, o executivo reiterou que novidades surgirão em breve.
“Gostamos de luxo e temos muitas marcas reconhecidas no segmento”, acrescenta Zanchi, elegendo um provável caminho para a expansão no país. “Bandeiras midscale como Courtyard, Residence Inn e Fairfield Inn também têm potencial de crescimento, assim como nossa marca Sheraton. Estamos próximos de alguns acordos e acho que, em breve, apresentaremos ao mercado”, completa.
Dentro dessa expansão, uma abertura já se sabe. Anunciado em 2015, o Sheraton Santos está bem perto de abrir as portas. Segundo Zanchi, a data prevista para a inauguração é 2 de agosto. Em contato com a reportagem, o Grupo Mendes, parceiro imobiliário da Marriott no projeto, disse que o prazo pode não se confirmar. De acordo com fonte ligada à empresa, faltam ainda alguns detalhes finais na obra, especialmente no lobby e no restaurante.
Marriott International: modelo de expansão
Questionado sobre a agressividade de outros players no mercado, especialmente a AccorHotels, Zanchi fez acenos à concorrente. O executivo ressaltou, contudo, que a rede francesa atua no país há muito mais tempo do que a Marriott, que esta semana anunciou a unificação do programa de fidelidade.
“A AccorHotels faz um bom trabalho de expansão e está aqui há 35 anos. Estamos no Brasil há 15 ou 17 anos. Além disso, à exceção deles, os demais players têm uma posição parecida. Temos que ser pacientes, avaliar as oportunidades, mas posso dizer que estamos cautelosamente otimistas”, comenta. “No último quadrimestre, vimos uma forte recuperação em São Paulo, assim como nos primeiros meses de 2018, e isso nos motiva”, completa.
Sobre o modelo de expansão mais viável para o mercado brasileiro, Zanchi falou que tudo depende da marca, de quem é o parceiro, local e as condições econômicas. “ Temos marcas, especialmente de luxo, que não franqueamos de jeito nenhum, caso de Ritz-Carlton e W Hotels”, explica. “Trabalhei a maior parte da minha carreira nos EUA e lá, quando encontramos bons parceiros, com os quais pudéssemos manter nosso padrão de atendimento e de qualidade, usávamos o franchise. Tudo depende da oportunidade e dos fatores que falei”, finaliza.
(*) Crédito da foto: Vinicius Medeiros/Hotelier News