Com 10 unidades no pipeline até 2020 no Brasil, a Selina tem algumas negociações adiantadas no país. Além do hotel já anunciado em Florianópolis, a rede tem negociações adiantadas no Rio de Janeiro (Copacabana e Lapa), São Paulo (Vila Madalena), Búzios (RJ) e Foz do Iguaçu (PR). As informações são de Flávia Lorenzetti, que assumiu recentemente como head of country no país.
Segundo a executiva, a Selina mira hotéis independentes em destinos populares no mercado brasileiro para adicionar à rede, que tem 28 unidades concentradas na América Central e no México. “Apresentamos os destinos importantes no Brasil e nossa equipe de desenvolvimento já mapeou vários empreendimentos. Agora, a matriz está analisando as opções. Embora dependa do potencial de cada cidade, o ideal são propriedades de 200 a 300 leitos", conta. O Praia Mole Hotel, em Florianópolis, segue esse perfil, por exemplo.
Segundo Flávia, o modelo de negócio da Selina prevê um contrato de aluguel de 20 anos, renováveis por mais 20. “Analisamos o histórico da receita recente do hotel e pagamos ao proprietário o valor que ele faturava”, explica a executiva. “O retrofit para adaptação ao Selina é de responsabilidade do dono, mas o investimento não é alto. Muito mais de que exigir obras, a renovação é focada no design de interiores”, completa.
Selina: público e custo
A head country conta que a oferta de hospedagem de cada unidade varia bastante, indo de quartos com beliches a bangalôs exclusivos. “No exterior, a tarifa vai de US$ 15 para os quartos compartilhados a US$ 300 nos quartos mais caros”, afirma. “A equipe do hotel é enxuta, de 20 a 30 funcionários”, diz.
Segundo Flávia, há sempre um restaurante com bar nos hotéis, com foco em alimentação saudável. “Servimos café da manhã, almoço e jantar. Nada está incluído na diária, mas pelo que vemos no exterior, o A&B (Alimentos & Bebidas) fatura bem. O cardápio também leva em conta o fator regional”, explica. “Hoje, o A&B não é terceirizado, mas a matriz está analisando essa possibilidade”, acrescenta.
Focado nos chamados nômades digitais, o público-alvo da rede são jovens de 25 a 35 anos. “No exterior, são mochileiros, muitos deles turistas internacionais. Acho que conseguimos pegar esse público aqui no Brasil, mas há grande potencial para o mercado doméstico também”, avalia. “As grandes redes ofertam uma hotelaria tradicional. A Selina agrega uma experiência diferente aos hóspedes. O espaço de coworking e o chamado playground (área comum) reforçam esse conceito, oferecendo uma série de atividades aos clientes”, finaliza.
(*) Crédito da foto: Filip Calixto/Hotelier News