Matéria atualizada às 15h20, de 26/02/2020*
Na Itália, local onde o brasileiro foi infectado, jogos de futebol foram adiados
Um brasileiro que esteve este mês na Itália é o primeiro caso confirmado de coronavírus no Brasil. Atualmente internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o paciente não teve o nome revelado, mas tem 61 anos e procurou o hospital na segunda-feira (24). Ontem (25), o exame de contraprova conduzido pelo Instituto Adolfo Lutz atestou a suspeita do vírus.
Hoje (26), o Ministério da Saúde confirmou que há ainda outos 20 casos suspeitos (e em checagem) no país. Destes, 11 estão em São Paulo, com o restante dividindo-se entre a Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Em todos eles, os pacientes chegaram da Itália nos últimos dias.
O brasileiro esteve na região da Lombardia a trabalho, viajando sozinho. O primeiro exame foi realizado no próprio Hospital Albert Einstein. Ele apresentava sintomas compatíveis com a infecção provocada pelo coronavírus, como febre, tosse seca, dor de garganta e coriza. Ontem, o Ministério da Saúde informou que o paciente estava bem, com sinais brandos do vírus.
O primeiro caso confirmado em São Paulo acontece em um momento no qual o coronavírus se espalha pelo mundo. Também ontem, foram confirmadas outras notificações da doença em mais sete países: Áustria, Suíça, Croácia, Iraque, Afeganistão, Omã e Argélia. A Itália, onde o paciente brasileiro esteve, é o epicentro da epidemia na Europa. Por lá, partidas de futebol e de rúgbi foram canceladas, assim como o famoso Carnaval de Veneza.
Coronavírus: como prevenir
Entre os principais sintomas da doença estão: febre, dificuldade respiratória, tosse, problemas gástricos e diarréias em casos mais amenos. Em casos mais graves, o coronavírus pode causar pneumonia e até insuficiência renal, podendo levar à morte.
O diagnóstico pode ser feito por meio da coleta de materiais respiratórios e, para a confirmação da doença, é necessário que os exames detectem o RNA viral. Vale ressaltar que a fase de contágio pode acontecer antes mesmo dos pacientes apresentarem algum sintoma. O Ministério da Saúde recomenda algumas medidas preventivas contra a doença, entre elas:
- evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas
- realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente
- utilizar lenço descartável para higiene nasal
- cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
- evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
- higienizar as mãos após tossir ou espirrar
- não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas
- manter os ambientes bem ventilados
- evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença
- evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações
Na hotelaria, que já sofre os efeitos financeiros da epidemia, a governança deve redobrar os cuidados com a limpeza dos quartos e roupas de cama. Já no setor de A&B (Alimentos & Bebidas), louças e talheres também precisam ser minuciosamente higienizados. Carnes e ovos também têm que ser bem cozidos.
Campanhas de prevenção e conscientização entre colaboradores e hóspedes ajudam na prevenção. Pessoas recém-chegadas de países contaminados devem receber atenção extra no momento do check-in e, caso haja algum médico de plantão, uma avaliação sempre é recomendada. Para saber mais sobre prevenção, acesse o https://bit.ly/38nD0CX.
(*) Crédito da capa: Angelo Carconi/EFE/Ansa
(**) Crédito da foto: Daniele Mascolo/Reuters