África do Sul é destaque no estudo

Relatório divulgado pela PwC prevê que a hotelaria africana deverá manter expansão nos próximos anos. Segundo a consultoria britânica, o aumento no número de viajantes estrangeiros e domésticos, bem como os investimentos anunciados por grandes cadeias internacionais na África, explicam a previsão. Marriott International, que prevê várias aberturas, e AccorHotels, que comprou parte de uma rede africana, são exemplos disso.

De acordo com a PwC, a receita do setor em cinco mercados no continente subirá 7,4% de 2017 a 2022 anualmente, atingindo 50,5 bilhões de rands. Os países analisados são África do Sul, Nigéria, Tanzânia, Quênia e nas Ilhas Maurício.

“O turismo no continente africano provou ser resiliente diante da incerteza econômica e política, dos impactos das secas e de outros problemas. As oportunidades são abundantes para que a indústria hoteleira cresça, mesmo a um ritmo mais modesto”, avalia Pietro Calicchio, líder do setor de hospitalidade da PwC para o Sudoeste da África.

“No entanto, à medida que continuamos a analisar o mercado da África, vemos que existem desafios para cada país. Esta é uma indústria que reage à menor mudança nos assuntos políticos, regulatórios, de segurança e sustentabilidade ”, ressalta o executivo.

África: mercados em destaque

Um dos mercados de maior potencial apontados pela consultoria britânica é o da África do Sul. Segundo a PwC, a receita do setor no país deverá crescer 5,6% anualmente nos próximos cinco anos, atingindo uma receita de 21,8 bilhões de rands. Além disso, mais de 2,9 mil quartos serão adicionados à oferta local no período. Por fim, a consultoria prevê que a ocupação média na nação de Nelson Mandela chegue a 62,5% em 2022.

Para justificar essas previsões, a PwC cita os bons números do setor turístico na África do Sul. De acordo com a empresa, o número de visitantes estrangeiros e turismo doméstico aumentará 5,3% em 2018 frente ao ano anterior. Em cinco anos, esse volume de turistas internacionais chegará a 19,5 milhões de pessoas.

Mercados menores, Quênia, Tanzânia e Ilhas Maurício devem registrar expansão mais vigorosa até 2022, prevê a PwC. Segundo a consultoria, os três países terão aumento de 9,6%, 9,1% e 7,2% no faturamento do setor hoteleiro, respectivamente.

Já a Nigéria vem tendo crescimento substancial de inventário de quartos. O número de unidades habitacionais disponíveis no país deve aumentar 5,4% por ano até 2022, ganhando 12,6 mil apartamentos, maior expansão entre os países analisados.

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