Expectativas ou especulações sobre as mudanças de valores morais que tenham acontecido face a pandemia, não é a abordagem que daremos aqui. Essa transformação transcendental fica a cargo de cada um e, de coração, espero que tenha acontecido.

Temos que levar em conta as alterações comportamentais. Essas sim, parecem sem volta e são apresentadas como uma nova lei. Mais que um novo modo de vida, um verdadeiro e implacável “modus operandi” social e global.

Impactando diretamente na vida de cada um e influenciando rigorosamente nos movimentos financeiros. Exigindo reestudo nos budgets e consolidando transformações nas operações, produtos e serviços. Redefinindo custos e margens. Alterando significativamente a relação com os consumidores. Esse é o novo norte a ser seguido.

É fato que todos os mercados estão sendo fortemente impactados por esse vírus. Muitos redesenhos foram feitos e outros tantos ainda serão impingidos até que se chegue ao modelo ideal. Pelo menos até outra onda chegar.

Alguns negócios foram atingidos de forma bem dura, causando quebras, desemprego e prejuízos. Entretanto, outros estão prosperando, atingindo patamares surpreendentes de crescimento, lucro e sucesso. A máxima de que “enquanto alguns choram, outros vendem lenços” nunca foi tão bem aplicada.

Muitos foram pegos de surpresa pelo “tsunami” Corona. Saber nadar ajudou, ter uma embarcação forte também. Porém, entender para onde a maré está levando faz toda diferença. O poder de adaptação é o divisor de águas. Os profissionais que entenderem as novas variáveis farão suas carreiras e negócios continuarem prosperando.

Entender onde tudo isso vai nos levar é quase impossível e tem sido um exercício contínuo. Um desafio diário de análises profundas, opiniões controversas, sentimentos singulares e sensações irrefreáveis. Fácil não é, mas não se envolver, procrastinar, ficar parado pode tornar esse processo ainda mais difícil.

Movimentos continuam sendo feitos. A Terra a girar e pessoas a comer, beber, consumir e viajar. O mundo continua a produzir e comprar: commodities, imóveis, turismo, restauração, bens de consumo, hotelaria e inovação. Tudo igual, mas diferente.

Mercados estão reagindo. Seja por interferências governamentais, movimentos de adequação ou mesmo pela insistência quase desobediente da demanda, a reação já aponta. A hora pode ser propícia para investir, incorporar e começar novos projetos.

É tempo de usar as armas guardadas e aquele machado que foi cuidadosamente “afiado” por todo 2020. Avançar sensatamente, mas de modo corajoso. Uma dose extra de ousadia e vanguarda poderá contribuir, reposicionando players e redefinindo cenários. Novos fortes estão surgindo, discretos e sólidos.

O Brasil e os EUA já dão sinais de que a recuperação é iminente. Cedo ou tarde o crescimento volta ao mesmo ritmo de antes. Não sem muito trabalho, empenho e apoio dos governos.

Na Europa, os horizontes começam a se abrir. E não apenas pela “bazuca” dos incentivos da comunidade Europeia. Também conta ser um continente maduro, com um povo acostumado a se reconstruir, ter uma economia robusta e mercado linear. Muitas possibilidades de negócios estão a mudar de mãos, outros tantos a surgir.

Como diz um ditado português, “não há fome que não dê em fartura”. A hora da nova retomada é essa. Momento de fazer negócios saudáveis, com ética, tranquilidade, mas com arrojo e determinação.

Na mesa, muitas opções. Muitas oportunidades e a chance de fazer as coisas acontecerem.
É a hora do novo, sem medo.

Rhaxwell Santos tem 27 anos de hotelaria, é turismólogo e CEO da Constellation Story em Portugal, Developer em fundos de investimentos, Gestor de Alta Performance, Hoteleiro, Desenvolvedor de negócios, Professor universitário e Formador de equipes vencedoras. [email protected]