Apreciador de uma boa gastronomia e de vinhos, Alfredo Stefani se considera uma pessoa caseira. Amante da leitura, cinema, teatro e cultura, o gerente geral do B Hotel Brasília ainda nutre duas outras paixões: equitação e cinofilia, que explora assuntos relacionados ao universo dos cães.

Natural de São Paulo, Stefani tem as viagens como uma busca contínua por experiências em sua carreira. Ao longo de sua trajetória profissional, já residiu e trabalhou nas cinco regiões do Brasil assim como no exterior.

No comando do B Hotel desde junho de 2022, Stefani é formado em Desenho Industrial e possui MBA em Gestão Estratégica de Pessoas. Com vasta experiência desde 1992, atuou em projetos como L Hotel, Gino Ristorante, ambos em São Paulo, Pousada Maravilha, em Fernando de Noronha, Uxua Casa Hotel, em Trancoso, entre outros.

O executivo ainda possui qualificações adicionais em Gestão de Hospitalidade Global e Otimização de Receitas.

Três perguntas para: Alfredo Stefani

Hotelier News: De acordo com o estudo Hotel Trends Stats, Brasília aparece como uma das praças com maior aumento tarifário ao longo de 2024. Como o B Hotel percebeu esse movimento? Qual foi o crescimento da média diária até então e quais as estratégias por trás desse incremento?

Alfredo Stefani: O crescimento teve início em 2023 e concretiza-se em 2024, com o B Hotel sendo líder em diária média na capital e referência em qualidade e conforto. Com o Brasil presidindo o G20 este ano, tivemos um movimento significativo de delegações e empresas ligadas ao ramo governamental. Por meio de um forte relacionamento comercial com embaixadas e consulados, conseguimos absorver grande parte da demanda, sendo também um dos hotéis oficiais do Itamaraty e G20 em Brasília.

Sobre a diária média, comparando com 2023, o crescimento está sendo de aproximadamente 30%, e mudanças nas estratégias comerciais trouxeram um grande incremento de resultado, como os acordos corporativos, que deixaram de ser tarifas fixas e passaram de forma predominante a descontos na tarifa BAR vigente no dia.

HN: Como as eleições municipais estão afetando a demanda na capital federal? Existe uma movimentação significativa neste aspecto? E como o empreendimento vem explorando essas oportunidades?

AS: Tudo que gera movimentação política em Brasília acaba por ser benéfico para o mercado hoteleiro, visto que o movimento corporativo é responsável por mais de 80% de nossa demanda. Com tarifas maiores de segunda a quinta e valores mais atrativos aos finais de semana, conseguimos compor uma relação saudável entre diária média e ocupação, alcançando excelentes resultados. As eleições municipais acabaram por não afetar significativamente a demanda de Brasília, exceto nestas duas últimas semanas que precederam a votação.

HN: Ao que tudo indica, 2025 será um período de estabilidade de demanda após uma explosão de viagens no pós-pandemia. Neste sentido, o setor hoteleiro busca elevar seu faturamento por meio de receitas auxiliares. Como o B Hotel desenvolve estratégias para aumentar sua rentabilidade para além das hospedagens?

AS: Estamos muito otimistas com as últimas informações de que o Brasil presidirá em 2025 os jogos e a sede do Brics, podendo sinalizar uma movimentação igual ou melhor que 2024 no âmbito político e corporativo. Além disso, Brasília passa a se fortalecer o lado cultural, sendo palco de grandes shows e eventos com artistas internacionalmente renomados. A malha aérea favorável e um parque hoteleiro muito diversificado permite a realização de eventos dos mais variados segmentos.

O B Hotel está passando por reformas, investindo em novos serviços e área que pretendemos inaugurar em meados de 2025, que agregarão ainda mais valor ao hotel e poderá incrementar significativamente outras receitas.

(*) Crédito da foto: arquivo pessoal