O entrevistado de hoje (7) do Três perguntas para vê no esporte e no tempo com a família uma boa maneira de ter tempo de qualidade nas horas vagas, quando não está tomado pela rotina corrida de gerente geral do Hotel Ponta Verde Maceió. Por isso, gosta de dividir o tempo livre entre a prática do tênis e atividades em família.
Além disso, é um grande entusiasta da leitura, e gosta de livros que tratem de produtividade e liderança, e recentemente leu Essencialismo: a disciplinada busca por menos, de Greg McKeown, que o ajudou a programar e equilibrar suas prioridades profissionais e pessoais.
“Uma vez que o cargo de gerente geral envolve assuntos tão diversos, é importante saber escolher muito bem onde investir tempo e energia. Assim, esse livro também me ajudou a delegar e empoderar minha equipe”, diz Derbli.
O profissional é formado em Hotelaria e Turismo e possui pós-graduação em Gestão Empresarial, além de uma certificação como gestor de Operações pelo International Hospitality Institute, dos EUA. Com 16 anos de experiência no setor, tem passagens por empresas como Hyatt, Club Med e Amarante. Hoje, ele fala ao Hotelier News sobre as estratégias do empreendimento do qual está à frente. Confira!
Três perguntas para: Pedro Derbli
Hotelier News: Apesar do foco em lazer, o Ponta Verde Maceió conta com estrutura para eventos e reuniões. Qual a representatividade do segmento corporativo nos indicadores? Existem planos para ampliar a atuação no Mice?
Pedro Derbli: O Hotel Ponta Verde Maceió conta com um salão de eventos modular com capacidade para até 200 pessoas, além de área exclusiva e versátil no restaurante, que pode ser adaptada para pequenas reuniões e eventos sociais. Ainda que o foco principal da operação seja o público de lazer — ao qual direcionamos grande parte dos nossos esforços comerciais e operacionais —, o segmento MICE é tratado com seriedade e estratégia.
A representatividade do corporativo na receita total é moderada, mas enxergamos esse público como um complemento importante, sobretudo em períodos de menor demanda de lazer. Por isso, contamos com um profissional exclusivo para atender grupos e eventos, com um portfólio claro de soluções integradas, desde hospedagens personalizadas até estrutura para encontros corporativos e sociais.
Embora não tenhamos planos de ampliação física no momento, estamos constantemente atentos às oportunidades para melhor integrar nossos espaços e serviços à demanda de eventos — especialmente os de pequeno e médio porte, que se ajustam bem ao nosso perfil e localização.
HN: A localização em frente ao mar agrega naturalmente valor percebido. Como vocês equilibram essa vantagem com uma precificação competitiva e sustentável ao longo do ano?
PD: Nossa localização em frente ao mar, na Praia de Ponta Verde, é de fato um diferencial importante — visto que a praia é frequentemente apontada como uma das mais bonitas do Brasil. Junto à hospitalidade e cordialidade da equipe, ela é um dos atributos mais elogiados por nossos hóspedes e muito bem explorada em nossa comunicação comercial.
Para manter uma precificação competitiva e sustentável ao longo do ano, nossa equipe realiza monitoramentos constantes do mercado e do nosso set competitivo, priorizando hotéis com perfil e localização similares — especialmente na orla de Ponta Verde e Pajuçara, regiões de maior apelo turístico.
Apesar de oferecermos uma excelente experiência gastronômica no Restaurante Dona Ana, nomeado em homenagem à matriarca da família fundadora, incentivamos ativamente a integração dos hóspedes com o bairro e o destino. Essa visão contribui para fortalecer o ecossistema turístico da região, fazendo do Ponta Verde não apenas um hotel, mas um ponto de partida para explorar Maceió com autenticidade.
HN: Hoje, qual o maior desafio operacional do empreendimento? O que está sendo feito para mitigá-lo?
PD: Com 45 anos de história, o Hotel Ponta Verde Maceió tem o orgulho de ser um dos primeiros empreendimentos hoteleiros da região. Essa longevidade, que reforça nossa solidez e conexão com a cidade, também nos impõe desafios contínuos — principalmente no que se refere à manutenção e à modernização da estrutura.
Manter um padrão de qualidade elevado, com ocupações próximas de 90% ao longo do ano, exige uma rotina intensiva de manutenções preventivas e corretivas, cuidadosamente planejadas para não impactar a experiência do hóspede.
Temos investido fortemente em planejamento estratégico e em critérios rigorosos na alocação de recursos. E esse comprometimento se reflete em um dos nossos projetos mais importantes: o retrofit completo dos apartamentos e da área de lazer, previsto para os próximos meses. Estamos muito entusiasmados em apresentar ambientes mais modernos, confortáveis e alinhados às expectativas do novo perfil de viajante.
(*) Crédito da foto: Arquivo pessoal
