CNC - emprego turismo_internaRamo de Transporte de Passageiros soma 833,2 mil trabalhadores ocupados

O turismo brasileiro gerou 24.902 empregos formais nos 12 meses encerrados em outubro de 2019. O montante, baseado em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), representa alta de 330% frente a igual período imediatamente anterior. Presidente da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), José Roberto Tadros diz que o resultado reflete a força do setor, que se apoia na recuperação da economia.

“Grande parte do bom desempenho do mercado de trabalho do turismo, acentuado no segundo semestre, reflete a estabilidade de preços, com a inflação em declínio, a diminuição das taxas de juros e o impacto favorável da liberação do FGTS sobre o consumo, além da estabilidade do dólar na maior parte do período”,  avalia o presidente da CNC.

Somente em outubro, o turismo gerou 1.630 postos formais, totalizando estoque de 2.962.951 pessoas alocadas em serviços turísticos. Portanto, do total de 39.178.133 empregados com carteira assinada no país, 7,6% atuam no segmento, informa o Caged. Com mais de 1,9 milhão de colaboradores, Hospedagem e Alimentação concentraram 66,1% do contingente de trabalhadores no setor.

Vale destacar que, em novembro, o Brasil registra crescimento na oferta de empregos formais, somando 99 mil vagas. Foi o oitavo mês consecutivo de alta no indicador, informa o Caged, indicando uma recuperação gradual do mercado de trabalho como um todo.

CNC: momento da virada

Voltando ao turismo, e logo após o ramo de Hospedagem e Alimentação, aparece o segmento de Transporte de Passageiros, com 833,2 mil trabalhadores ocupados em outubro. Segundo a CNC, o montante representa 28,1% do total de pessoas que atuam com serviços turísticos no país. Na sequência vêm as atividades de Cultura e Lazer e Agentes de Viagens, que, juntas, levam 5,7% da massa trabalhadora do setor turístico. 

Para Alexandre Sampaio, diretor da CNC que coordena o Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), há explicação para a boa parcela de empregos se concentrar nos setores citados. “A evolução do emprego nas atividades típicas do turismo associa-se, com muita ênfase, à demanda de serviços relacionados ao lazer fora de casa, em especial, às refeições em restaurantes e similares”, avalia.

Segundo o economista da CNC responsável pela pesquisa, Antonio Everton, o emprego do turismo tem sido influenciado também pelo aumento da demanda das atividades ligadas aos serviços tradicionais de cultura e lazer, assim como de transporte aéreo. “Como as atividades dos serviços turísticos são intensivas de mão de obra, o incremento seguramente tem ligação direta com o aumento das vendas”

(*) Crédito da capa: chuttersnap/Unsplash

(**) Crédito da foto: Vandan Patel/Unsplash