CNC - estimativa serviçosDos subgrupos analisados, transporte teve maior queda em fevereiro

A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) revisou para baixo a expectativas de crescimento do setor de serviços este ano. Com isso, a estimativa de alta passou de 2% para +1,7%. Dificuldade de retomada de investimentos e a lenta recuperação do mercado de trabalho motivaram a nova avaliação, informou a entidade.

A revisão está em linha com os últimos dados da última pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o setor, divulgados semana passada. Para a CNC, pesquisas recentes evidenciam a lentidão da recuperação da atividade econômica no país. Em função desse cenário, novas avalições sobre o crescimento do PIB têm sido constantes

“O ritmo decepcionante das atividades do setor de serviços se fundamenta na lenta regeneração do mercado de trabalho”, avalia Fabio Bentes, economista da CNC. “A contar pelo resultado desse primeiro bimestre, ainda não se pode prever um cenário de recuperação nos serviços”, completa.

CNC: mais números

Em fevereiro, na comparação com o mês anterior, alguns segmentos tiveram desempenho ruim. Destaque negativo para o setor de Transportes, que recuou 2,6%. Na outra ponta, o mercado de informática e comunicação foi o único das cinco atividades pesquisadas a registrar variação positiva, com alta de 0,8%.

Além disso, dos 10 itens que mais pressionaram a inflação nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, sete são de serviços. São eles: energia elétrica, com alta de 15,5% frente os 12 meses anteriores, planos de saúde (+10,6%) e ônibus urbanos (+7,3%). Juntos, os três itens respondem por 10,4% dos gastos mensais das famílias brasileiras, além de metade da inflação acumulada no período.

(*) Crédito da foto: Free-Photos/Pixabay