Setor de servicos - confiança do empresário_janeiro 2020Indicador medido pela FGV recuou para 96,1 pontos em janeiro

Após duas altas mensais seguidas, o ICS (Índice de Confiança de Serviços) caiu 0,1 ponto em janeiro frente ao mês anterior. Medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o indicador recuou para 96,1 pontos, 0,7 pontos inferior ao registrado em igual mês de 2019. Em dezembro, segundo a FGV, a alta verificada havia sido de 0,7 ponto. 

Em médias móveis trimestrais, o ICS avançou 0,7 ponto, mantendo tendência ascendente iniciada em julho de 2019. A variação negativa do indicador impactou seis das 13 principais atividades pesquisadas. Na avaliação da FGV, a queda foi determinada pela piora das avaliações sobre o momento atual.

De fato, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o volume de vendas do setor de serviços caiu em novembro. Foi o pior resultado para o mês em três anos, interrompendo ainda dois meses de ganhos no indicador. Ainda assim, o instituto projeta alta no acumulado de 2019. 

“A ligeira queda em janeiro foi decorrente de resultados distintos de seus dois componentes. O Índice da Situação Atual recuou, enquanto o Índice de Expectativas avançou, ultrapassando a marca de neutralidade (100 pontos)”, explica Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE. “A combinação desses resultados sugere continuidade da recuperação do setor, mas ainda em ritmo lento e gradual”, completa.

Setor de serviços: mais números

O ISA-S (Índice de Situação Atual) recuou 1,4 ponto, passando a 91,5 pontos, menor nível desde setembro de 2019 (90,2 pontos). Já o IE-S (Índice de Expectativas) subiu 1,2 ponto, para 100,9 pontos, maior valor desde janeiro de 2019 (104,6 pontos). Por fim, o Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) aumentou 0,4 ponto percentual, para 82,3%, patamar mais alto desde abril de 2018.

Em janeiro, a diferença entre os componentes que compõem o ICS (ISA-S e IE-S) voltou a aumentar para 8 pontos, maior desde abril de 2019 (8,9 pontos). Na comparação interanual, contudo, houve queda considerando a diferença de 14,1 pontos em janeiro de 2019.

(*) Crédito da foto: Sergio Moraes/Reuters