CNC - perdas comércio_coronavírusGovernos dos estados citados determinaram fechamento de lojas  

Estimativa divulgada hoje (24) pela CNC (Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo) estima perdas consideráveis para o comércio em função do coronavírus. Somente em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Minas Gerais, o setor deverá deixar de arrecadar R$ 25,3 bilhões. Juntos, os quatro estados respondem por 52% da movimentação financeira do segmento.

A CNC informa ainda que não estão contabilizadas perdas indiretas decorrentes da queda espontânea da movimentação dos consumidores nas lojas, o que pode ampliar ainda mais a estimativa. Em São Paulo, a entidade prevê os ganhos nas vendas reduzirão R$ 15,67 bilhões, retração de 29,9% em relação ao faturamento usual do setor. Já no Rio de Janeiro, a confederação projeta perdas de R$ 3,60 bilhões, contra R$ 4,45 bilhões (27,3%) em Minas Gerais e R$ 815,33 milhões (-30,7%) no Distrito Federal.

CNC: avaliação

Vale destacar que, nestas praças, os governos estaduais e municipais determinaram o fechamento do comércio ou impuseram restrições no horário de funcionamento. Em São Paulo, o período de fechamento vai de 20 de março e 5 de abril. No Distrito Federal de 19 de março a 5 de abril. Em Minas Gerais, de 23 de março e 10 de abril. No Rio, foi recomendado o fechamento de shopping centers e redução em 30% o horário de funcionamento dos estabelecimentos por tempo indeterminado. Todos os cálculos levam em conta essas datas e a comparação com igual período do ano anterior.

 "O comércio, que vinha recuperando a confiança e tinha expectativa de expansão este ano, agora está registrando prejuízos que representam um desafio histórico para as empresas”, diz José Roberto Tadros, presidente da CNC. “A CNC já enviou ao governo federal um documento com sugestões de medidas que possam reduzir os impactos negativos da crise nas empresas, visando a manutenção dos empregos. Estamos buscando todas as soluções disponíveis para que os empresários possam enfrentar essa difícil conjuntura", finaliza.

(*) Crédito da foto: jarmoluk/Pixabay