Após subir em 12 estados brasileiros no primeiro trimestre, a taxa de desemprego ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril, segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada hoje (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O índice representa estabilidade em relação ao trimestre anterior, quando o desemprego era de 6,5%, e é o menor para o período desde o início da série histórica, em 2012.
Ao todo, 7,3 milhões de pessoas estavam sem trabalho no país, número estável frente aos 7,2 milhões registrados no trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve uma queda de 11,5%, o equivalente a 941 mil pessoas a menos em situação de desocupação.
Entre os indicadores positivos, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado alcançou 39,6 milhões, o maior da série histórica. O total representa alta de 0,8% frente ao trimestre anterior e de 3,8% na comparação anual.
“A estabilidade nas taxas de desocupação e subutilização confirma o que o primeiro trimestre apontou, ou seja, uma boa capacidade de absorção dos empregos temporários constituídos no último trimestre de 2024”, afirma William Kratochwill, analista da pesquisa.
Subutilização e informalidade em queda
A taxa composta de subutilização – que considera pessoas que gostariam de trabalhar mais horas ou que desistiram de procurar emprego – ficou em 15,4%, praticamente estável frente aos 15,5% do trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2024, a queda foi de dois pontos percentuais.
Já a taxa de informalidade caiu para 37,9%, o que representa 39,2 milhões de trabalhadores informais. O índice recuou frente ao trimestre anterior (38,3%) e ao mesmo período do ano passado (38,7%). Segundo o IBGE, o movimento é resultado da estabilidade no número de trabalhadores sem carteira assinada (13,7 milhões) e por conta própria (26 milhões), em contraste com o crescimento dos empregos formais.
A população ocupada ficou em 103,3 milhões de pessoas, também em patamar estável. Na comparação anual, houve um aumento de 2,4%, ou 2,5 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho. O nível de ocupação atingiu 58,2%, sem variação em relação ao trimestre anterior, mas com alta de 0,9 ponto percentual frente a 2024.
Renda média mantém estabilidade
O rendimento médio real habitual foi estimado em R$ 3,4 mil, valor estável no trimestre, mas 3,2% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Já a massa de rendimentos somou R$ 349,4 bilhões, também estável na comparação trimestral, mas com crescimento de 5,9% (mais R$ 19,5 bilhões) em relação a 2024, configurando um novo recorde.
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