A taxa de desemprego cresceu em 12 estados brasileiros no primeiro trimestre de 2025, de acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Trimestral, divulgada hoje (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nas outras 15 Unidades da Federação, o índice permaneceu estável, com variações pouco significativas em relação ao quarto trimestre de 2024. No primeiro trimestre de 2025, a taxa de desemprego chegou a 7%, alta de 6,2% frente ao trimestre anterior.
Os estados que registraram alta na taxa de desocupação foram: Piauí, Amazonas, Ceará, Pará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Maranhão, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná.
Já os estados com estabilidade no indicador foram: Bahia, Sergipe, Distrito Federal, Alagoas, Amapá, Paraíba, Acre, Roraima, Tocantins, São Paulo, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Santa Catarina.
As maiores taxas de desemprego foram observadas em Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%). Por outro lado, os menores percentuais foram registrados em Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%).
Em 2024, o índice anual de desocupação recuou em todos os estados do país, com exceção de Roraima. Em 14 estados, o patamar foi o menor já registrado. Por esse motivo, especialistas já previam uma desaceleração no mercado de trabalho neste início de ano.
Na comparação com os primeiros três meses de 2024, houve queda no índice de desemprego em seis estados: Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Bahia. Os demais permaneceram com taxas estáveis.
Desigualdade por gênero, raça e instrução
Outro ponto de destaque da pesquisa refere-se às diferenças na desocupação por gênero, cor ou raça e nível de escolaridade.
A taxa de desemprego no primeiro trimestre foi de 5,7% entre os homens e de 8,7% entre as mulheres. Quando considerado o recorte racial, o desemprego ficou abaixo da média nacional entre os brancos (5,6%), mas foi mais elevado entre os pretos (8,4%) e pardos (8,0%).
Em relação à escolaridade, pessoas com ensino médio incompleto enfrentaram a maior taxa de desocupação, com 11,4%. Para aqueles com nível superior incompleto, o índice foi de 7,9%, mais que o dobro do registrado entre os que possuem superior completo (3,9%).
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