Após sinalizações por parte do governo sobre uma possível troca de comando no MTur (Ministério do Turismo), entidades do setor iniciaram uma movimentação para pedir a permanência de Celso Sabino no cargo. As especulações apontam para uma substituição por algum integrante do PSD.
Segundo informado pelo Estadão, entidades do turismo divulgarão um manifesto a favor de Sabino, filiado ao União Brasil. A movimentação do setor coloca ainda mais pressão sobre o presidente Lula, que estuda desenhos para uma reforma ministerial que acomode os partidos aliados e melhore a governabilidade, com foco na tentativa de reeleição em 2026.
“Reconhecemos as excelentes conquistas que o Ministério do Turismo, sob a liderança do ministro Celso Sabino, vem alcançando para garantir que o setor continue a crescer e gerar mais empregos, mais renda, mais oportunidade para os brasileiros e para o país, em todo o seu potencial social e econômico”, diz a nota, obtida pela Coluna do Estadão,assinada por 20 entidades.
“Em 2024, celebramos o recorde de 6,7 milhões de turistas estrangeiros visitando nossos destinos, um crescimento de 12,6% em comparação a 2023″, afirma outro trecho.
As entidades ainda destacam que a Lei Geral do Turismo foi aprovada no Congresso no ano passado por meio de uma articulação do ministro e apontam o lançamento o PNT (Plano Nacional de Turismo), com metas a serem alcançadas entre 2024 e 2027, além do fato de Sabino ter sido a primeira autoridade brasileira a presidir o Conselho Executivo da ONU Turismo.
Como mostrou a Coluna do Estadão, o União Brasil montou uma operação para segurar Sabino no comando da pasta. Os deputados da sigla, responsáveis pela indicação, entregaram um abaixo-assinado em defesa da permanência dele no cargo ao ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O novo líder da bancada na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), também divulgou nota em defesa de Sabino e do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, outro integrante da sigla.
Entidades envolvidas
O manifesto do setor foi assinado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo); Abav (Associação Brasileira Agência Viagem); CNTur (Confederação Nacional do Turismo); ABBTUR (Associação Brasileira de Turismólogos e Profissionais do Turismo); Brasil Convention and Vistors Bureau; Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas); Associação Brasileira de Enoturismo; ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Nacional); HI Hostel Brasil; Resorts Brasil; e FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação).
Também assinaram a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes); Fornatur (Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo); Adit Brasil (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil); RBOT (Rede Brasileira de Observatórios de Turismo); Anseditur (Associação Nacional de Secretários e Dirigentes de Turismo); Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo); Sindepat (Sistema Integrado de Parques & Atrações Turísticas); CLIA (Cruise Linas International Association); Ubrafe (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios); e UneDestinos (União Nacional de CVBx e Entidades de Destinos).
(*) Crédito da foto: reprodução