FOHI- protocolosDebatedores abordaram o papel da governança nos processo de higienização

No segundo painel de hoje (17) do FOHI 2020 (Fórum Online de Hotéis Independentes), o assunto foi um dos temas mais debatidos nos últimos meses: protocolos de reabertura e custos operacionais provenientes de novos processos. Em live, o Hotelier News falou sobre a questão. A discussão mediada por Maycon Gabry, CEO da MarkWeb, contou com a participação de Maria José Dantas (ABG); Fábio Folena (UNILEVER PRO) e os consultores Gunnar Georgi  e Carla Trindade.

Antes de entrar em tópicos operacionais, os debatedores ressaltaram a importância da elaboração de protocolos unificados, que atendam às demandas de todo setor. Com redes hoteleiras desenvolvendo seus próprios selos de higienização, muitos profissionais e clientes ainda têm dúvidas a respeito do que deve ser feito. “Existem cidades que restringiram seus protocolos e outras que ficaram mais abertas. Algumas exigem que os apartamentos fiquem parados uma semana, o que fica inviável. Já estamos em uma situação delicada e precisamos de um direcionamento único”, afirma Carla.

Georgi complementa a fala destacando as dificuldades operacionais por parte dos colaboradores. “O que a Carla disse é muito relevante, pois temos a questão local, regional e federal, o que acaba deixando as pessoas deslocadas. A maioria está se agarrando aos protocolos que estão em vigor, o que tem sido complexo para a situação dos custos e a operação precisa se adequar. Essas medidas precisam ser unificadas para que realmente possam ser seguidas com segurança”.

Presidente da ABG, Maria José afirma que o protocolo que vem sendo desenvolvido pela entidade vem com o propósito de consolidar todas as informações que estão sendo transmitidas. Há muita desinformação desencontrada. Me debrucei em mais de 20 manuais de diversos lugares, pois queria entender o que vem sendo feito. Vamos unificar essas informações para que as pessoas tenham uma fonte para se orientar. Os protocolos foram feitos com a ajuda de mais de 50 profissionais e especialistas no assunto para criar um modelo que pudesse ser utilizado por todos”. 

 

FOHI- protocolosUso correto de produtos corretos também foi discutido

FOHI: processos operacionais

Se antes as camareiras tinham que ser “invisíveis”, agora seu protagonismo precisa ser destacado. Outro ponto relevante foi a simplificação da limpeza das UHs, partindo da retirada de itens decorativos e objetos dos apartamentos. “Existem as superfícies principais que precisam ser desinfectadas. O tempo de duração desse processo agora vai mudar muito em função da simplificação que for feita. Quanto menos objetos, mais rápida será a desinfecção e maior será a produtividade”, afirma Maria José.

“Antes era importante a colaboradora  estar escondida. Agora, ela precisa estar a mostra, executando os processos de acordo com os treinamentos, pois os clientes estarão críticos e observadores”, complementa Carla.

Folena ainda comenta sobre o uso correto de produtos adequados para uma desinfecção eficiente das UHs e áreas comuns. “É preciso fazer uma seleção de produtos. Vejo pessoas utilizando itens químicos que não foram feitos para determinados procedimentos e quando caem na pele podem causar sérios danos. Um produto muito eficiente que vem sendo usado é a clorexidina, mas temos que tomar cuidado com itens corrosivos, que quando inalados podem causar problemas respiratórios”, explica.

O líder de Hospitalidade, Health Care, Facilities e Lavanderias da UNILEVER PRO, afirma que com bons produtos e protocolos rigorosos, cerca de 99% do vírus é removido. "É preciso fazer vistorias constantes, mas os produtos têm uma boa performance de definição e precisam ter registro na Anvisa. Pontos onde existe a manupilação das mãos, principalmente, precisam de cuidados redobrados". 

(*) Crédito da capa: kellysikkema/Unsplash

(**) Crédito das fotos: reprodução da internet